Após a Milano-Sanremo, as provas por etapas estão de regresso ao calendário World Tour e é Espanha quem acolhe o pelotão internacional.

Percurso

Já é hábito a prova espanhola não ter etapas fáceis e logo ao primeiro dia é isso que acontece. Calella volta a receber a 1ª etapa, num total de 164 quilómetros, onde os poucos sprinters não terão tarefa fácil. Três contagens de 1ª categoria, uma delas com quase 20 quilómetros, pode ser muito duro para alguns. A última dificuldade fica a 20 quilómetros do fim e, com poucas oportunidades para os sprinters pensamos que tudo se vai decidir dessa forma.

A 2ª etapa é ainda mais longa que a primeira e termina com um circuito final. Após duas subidas curtas na primeira metade, os ciclistas passam pela meta a 36 quilómetros do fim, seguindo-se o Alt de Romanya (5,8 kms a 4.5%).A Após a consequente descida o terreno é de sobe e desce constante, com os últimos 800 metros a rondarem os 6%, num cenário perfeito para os puncheurs.





A alta montanha aparece ao 3º dia. Duas contagens de 1ª categoria antecedem uma chegada em alto numa categoria especial, na duríssima chegada a Vallter 2000, a 2141 metros de altitude. A subida tem 11.,4 kms a 7,7 %. É um dia com um desnível positiva enorme, onde os puros trepadores terão espaço para brilhar.

Chega o dia da etapa mais duro da prova. 150 quilómetros com 4 contagens de montanha. O Coll de Coubet (9,2 kms a 5,5%) abre as hostilidades, antes da categoria especial de Coll de la Creueta (19,9 kms a 4,7%). Os últimos 35 quilómetros são terríveis com uma dupla ascensão a La Molina (12,1 kms a 4,4 %), que são mais duros do que as estatísticas aparentam, pois existe uma pequena descida já perto do final. Existem rampas a 15% e os últimos 2000 metros são a 6%, com 8% nos últimos 500 metros que é onde, historicamente, se costumam fazer os ataques para a vitória.

Os sprinters voltam a ter uma oportunidade na 5ª etapa. Longa etapa de 188,1 quilómetros entre Puigcerdá e Sant Cugat, que começa com 21,3 quilómetros a 3,2%. A partir daí, poucas são as dificuldades, apesar do terreno plano quase não existir. Uma pequena colina está situada antes do quilómetro final, que é feito em linha reta.

O fim-de-semana começa com uma etapa semelhante à do dia anterior. Os primeiros 40 quilómetros são em subida, num falso plano constante, seguindo-se o Coll d’Albarca (5,5 kms a 3,1%) e o Coll d’Alforja (4,2 kms a 4,6%). Após estas subidas faltam 90 quilómetros para a chegada, num terreno ideal para as equipas perseguirem a fuga, com os ciclistas a passarem uma primeira vez pela meta a 43 quilómetros do fim.





Volta a Catalunha não é Volta a Catalunha sem a tradicional etapa de Barcelona no último dia. O dia em si é todo muito duro, começa com uma longa contagem de 3ª categoria e depois vai para o circuito final em Montjuic, que tem 6.6 kms a ser feito por 8 vezes, e inclui uma subida de 2,2 kms a 5,3%, a descida para a meta é muito rápida.

 

Favoritos

Sem contra-relógio e com a presença de bonificações, todos os segundos serão importantes ao longo da semana. Para além disso, as duas chegadas em alto serão essenciais, pois quem estiver na frente em ambas as etapas dará um passo importante rumo ao título.

Egan Bernal esteve perfeito no Paris-Nice, andando com os melhores nos dias de vento e na montanha ninguém o fez descolar. Exibição perfeita do colombiano que tem contas a ajustar com esta prova pois no ano passado ia terminar em 2º e teve que abandonar no último dia. É já um dos melhores trepadores do mundo e tem, também, uma excelente ponta final, algo importante para conseguir amealhar bonificações. Será escudado por uma equipa muito forte, onde se destacam Chris Froome e Ivan Sosa.



A Movistar tem um bloco muito forte mas apenas vemos um ciclista capaz de seguir Bernal e tem o nome de Nairo Quintana. O colombiano já o fez este ano no recente Paris-Nice e após uma última etapa ofensiva deve estar pronto para a vingança. É verdade que Quintana não é tão explosivo no entanto a chegada a Vallter 2000 assenta que nem uma luva nas características do “cafetero”. Está a ter um início de ano excelente e pode repetir o triunfo de 2016.

 

Outsiders

A segunda carta da Movistar é o declarado líder Alejandro Valverde. Vencedor das últimas duas edições da prova, o murciano tem aqui a última prova por etapas antes das clássicas. Esta é uma competição perfeita para o campeão do Mundo já que pode conseguir bonificações em pelo menos 2 etapas, isto sem contar com a chegada a La Molina, onde já venceu. O problema será a etapa 4 pois o veterano espanhol tem já alguma dificuldade em montanhas mais longas. Resta saber com que vantagem chega a esse dia e quanto perderá na dura escalada a Vallter 2000.

Miguel Angel Lopez abriu a temporada a vencer a Colombia 2.1 de uma maneira clara. No recente Paris-Nice, o vento afastou-o da corrida e depois tentou vencer uma etapa e esteve perto na única chegada em alto. As etapas de montanha são perfeitas para o “Superman” que sabe que tem que ganha tempo à concorrência aí pois não tem a velocidade necessária para conseguir bonificações.



Após perder o Tirreno-Adriático por 1 segundo, Adam Yates regressa à competição. O britânico tem melhorado de prova para prova e já esteve na discussão há duas temporadas. Muito explosivo, como se viu nas curtas subidas do Tirreno-Adriático, Yates pode conseguir bonificações, ele que também é capaz de aguentar com os melhores nas rampas mais duras da etapas de alta montanha.

 

Possíveis surpresas

Um percurso como este adapta-se na perfeição a Enric Mas. Após a Volta ao Algarve, o espanhol fez uma pequena pausa e está de regresso. Muito explosivo, Mas estará de olho, principalmente, na chegada a Vallter 2000 onde, como puro trepador tentará fazer a diferença. Várias equipas trazem mais que uma opção. Para além de Adam, também Simon Yates estará presente. Nas provas que já fez nunca esteve muito regular, havendo sempre um dia em que cedeu bastante tempo. Em forma, será um perigo. A Team Sky tem Chris Froome e Ivan Sosa, sendo que o colombiano deve ser aquele que melhor forma deve apresentar, no entanto o britânico costuma aparecer nesta altura do ano e um bom resultado não será de estranhar. Esta é uma prova onde Daniel Martin apresenta excelentes resultados pois a não existência de contra-relógio e o perfil das subidas encaixa na perfeição no holandês. Thibaut Pinot, Romain Bardet e Steven Kruijswijk são sempre muito regulares neste tipo de provas mas só em condições muito especiais os vemos a triunfar. Olho, ainda, em Richie Porte, Davide Formolo e Ilnur Zakarin.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Rafal Majka e Pello Bilbao.




Tips do dia

Para a geral: Egan Bernal no pódio -> odd 1,75 (stake 1)

Para a etapa 1: Daryl Impey no pódio -> odd 2,25 (stake 1)

Para a etapa 1: Mikel Aristi melhor que Nelson Soto -> odd 1,65 (stake 1)

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