Pode-se dizer que o ciclismo está verdadeiramente de volta depois do aquecimento que foi o Sibiu Tour. Na Vuelta a Burgos estão presentes muitos dos maiores nomes e equipas do panorama internacional.

 

Percurso

Será um regresso à competição relativamente calmo para o pelotão internacional. 157 kms relativamente planos, já que a contagem de montanha de 1ª categoria a meio da etapa está demasiado longe da meta para fazer diferenças. A chegada tem muito que se lhe diga, são 1000 metros a 5,2% até ao Mirador del Castillo. No ano passado Giacomo Nizzolo venceu diante de Alex Aranburu, a colocação é crucial e devemos ver um misto de sprinters e puncheurs entre os primeiros.





Os puros sprinters deverão ter uma grande hipótese na chegada a Villadiego, no entanto terão de ultrapassar uma colina que está a 7 kms da meta e que tem 1,5 kms a 5,2%. Se for muito atacada desde início pode deixar os homens rápidos em dificuldade.

Hora da montanha! E que senhora montanha! Será uma clássica chegada “Unipuerto”, com várias terceiras categorias ao longo do dia. Mas o foco será a subida a Picon Blanco, com 8500 metros a 8,9% de inclinação média. Vai ser preciso estar logo em forma, é uma ascensão que a meio tem 3 kms a mais de 10%.

Mais uma jornada boa para os ciclistas ganharem ritmo, 162,5 kms planos em que o final tem que se lhe diga. Existe uma ligeira subida de 1 quilómetro que termina quando faltar 300 metros, essa subida tem 4% de inclinação média e pode ser a rampa de lançamento perfeita para ataques.





Para decidir a classificação geral teremos mais uma chegada em alto. Sem muito a dizer sobre o resto da tirada passemos à fase decisiva. A subida começa com um falso plano, os organizadores até colocaram uma 3ª categoria (6,7 kms a 3,8%) a meio para dividir as fases da subida. Depois é que são elas, com os últimos 4200 metros a terem 11% de inclinação média, ao todo a montanha tem 14 kms a 5,5%. A entrada na fase mais dura será terrível, com 1 quilómetro a 13,2% e outro a 11,1%.

 

Favoritos

Tudo se vai decidir nas duas chegadas em alto no entanto, estar atento ao primeiro dia vai ser fundamental para evitar perdas de tempo desnecessárias. Desta forma, só um puro trepador poderá vencer a Vuelta a Burgos e, também acreditamos que, uma equipa sólida no apoio ao seu líder será fundamental.

Vencedor nas últimas duas edições, Ivan Ramiro Sosa parte como o alvo a abater. O colombiano da Team INEOS tende a começar bem as temporadas (provas colombianas) pelo que esperamos que aconteça o mesmo em Burgos, num traçado ideal para si, com subidas longas e inclinadas. Fará uma dupla temível com Richard Carapaz, o que pode ajudar no jogo tático.



Mikel Landa é outro dos antigos vencedores presentes. O basco ganhou esta competição em 2017 e, 3 anos depois, parte com alguma pressão extra já que, finalmente, é líder indiscutível da sua equipa. Estas são as subidas ideias para Landani, veremos como o ciclista da Bahrain-McLaren reage à longa paragem competitiva. Pello Bilbao e Damiano Caruso serão os seus grandes apoios.

 

Outsiders

O que esperar de Remco Evenepoel? Ninguém sabe e só o jovem belga pode responder. A expectativa em torno do prodígio é muita e sabendo das suas intenções para o Giro, o corredor da Deceuninck-QuickStep quererá começar a testar-se frente aos puros trepadores. Se estiver entre os melhores, não será uma surpresa no entanto estas subidas estão muito no seu limite.

David Gaudu tem aqui uma oportunidade de ouro para liderar a Groupama-FDJ e, normalmente, quando lhe dão estas chances não costuma desiludir. Um puro trepador com uma classe tremenda, que não tem medo de atacar, adapta-se que nem uma luva a este tipo de subidas e inclinações. Ainda goza de alguma liberdade no pelotão.



Numa Jumbo-Visma repleta de estrelas, George Bennett tem uma rara oportunidade para brilhar. O neozelandês é um corredor muito regular e, apesar das poucas vitórias na carreira, costuma estar sempre entre os melhores. Não é um corredor explosivo, estas subidas estão longe de ser ideais para si mas a experiência poderá contar, e muito.

 

Possíveis surpresas

Richard Carapaz e Simon Yates são duas das incógnitas para esta competição. Tanto o equatoriano como o britânico têm o Giro d’Itália em mente, e com a prova ainda a dois meses de distância, não é de esperar vê-los em grande forma. No entanto, se os virmos entre os melhores também não será de estranhar, já que são dois dos melhores trepadores presentes. A Movistar vem com um bloco de luxo, composto por Alejandro Valverde, Marc Soler e Enric Mas. Se estas subidas são muito longas para as características dos dois primeiros, esta é a praia de Mas no entanto o espanhol não está no seu melhor desde 2018, pelo que não seria de estranhar ver Valverde como a figura central da Movistar. Segundo no ano passado, Oscar Rodriguez vai liderar a Astana, numa chance rara, pelo que quererá dar boa conta de si. Nomes como Jack Haig, Sepp Kuss, Rafal Majka e Ben Hermans são hipóteses para lutar pelos primeiros lugares.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Andres Camilo Ardilla e Ruben Fernandez.




Tips do dia

Para a classificação geral: Remco Evenepoel melhor que Alejandro Valverde -> odd 2,10 (stake 1)

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