Na história recente, a Omloop Het Nieuwsblad não quis nada com a Quick-Step e este era um primeiro teste para uma equipa que estava habituada a contar com um especialista destas andanças, Niki Terpstra, que se mudou para a Direct Energie. O teste foi superado com sucesso, não tanto pela supremacia colectiva, como aconteceu em algumas corridas, mas pela capacidade, qualidade e perspicácia táctica de Zdenek Stybar, que ainda há alguns dias estava a festejar um grande triunfo em estradas portuguesas e hoje repetiu a dose na Bélgica.




A temporada das clássicas belgas começou com uma fuga anormalmente pequena para uma corrida destas, com Alex Howes, Roy Jans, Tom Devriendt e Tom Wirtgen. O quarteto chegou a ter 14 minutos de avanço, mas as equipas dos favoritos lá reagiram e quando a corrida começou a ser atacada, a 80 kms da meta, já só tinham 5 minutos de avanço.

Alguns aceleramentos e o vento fizeram com que um grupo perigoso ganhasse algum avanço sobre o pelotão, nomes como Oliver Naesen, Ian Stannard Zdenek Stybar, Jurgen Roelandts ou Mads Pedersen estavam lá, o que obrigou a CCC Team a perseguir. Uma forte aceleração da Astana trouxe esse grupo de regresso a 65 kms do final, com a escapada original a ficar a 30 segundos, ainda estavam na frente Devriendt e Wirtgen, agora com a companhia de Baptiste Planckaert.




No Molemberg, e graças à Jumbo-Visma, a corrida partiu totalmente, ficou um grupo com cerca de 15 unidades com quase todos os favoritos. Num 2º grupo ficaram nomes como Michael Matthews, Philippe Gilbert, Sep Vanmarcke, com poucos companheiros para perseguir. A 30 kms do final Tiesj Benoot caiu e isso também partiu o grupo da frente, ficando isolados Lutsenko, Stybar, Avermaet, Wellens, Teuns e Daniel Oss.

O sexteto manteve uma vantagem de 20 segundos sobre um restrito grupo liderado pela Team Sky e entraram no Kapelmuur com 15 segundos de avanço. Tanto no Kapelmuur como no Bosberg foram Greg van Avermaet e Zdenek Stybar a acelerar, mas o grupo de 6 só perdeu mesmo Daniel Oss, antes da parte plana e em asfalto até à meta e até aumentaram a diferença.




Estes 5 ciclistas continuaram a colaborar relativamente bem até aos 3 kms finais, quando Tim Wellens atacou e teve pronta resposta de Greg van Avermaet. Logo a seguir surgiu a ofensiva que viria a definir o vencedor, Zdenek Stybar acelerou, Avermaet não conseguiu fechar o espaço e quando Lutsenko tentou lá era tarde demais, o checo seguiu para vencer a primeira clássica do World Tour na carreira. No sprint pelo 2º lugar foi Greg van Avermaet o mais rápido, batendo Tim Wellens e Alexey Lutsenko.




By admin