Quando Fabio Jakobsen cruzou a linha de meta em Morro Bay para somar o 3º triunfo da Deceuninck-Quick Step na Califórnia e o 29º na temporada para a formação belga também fez o verdadeiro hat-trick. É que os comandados de Patrick Lefevere já tinham ganho na 2ª etapa por Kasper Asgreen e na 3ª tirada com Remi Cavagna. Numa primeira instância e graças às quedas no final Asgreen também tinha ficado com a camisola amarela, mas já lá vamos.
Com tantos sprinters de nível na competição a fuga estava praticamente condenada, estivesse lá quem estivesse. É que Quick-Step, UAE Team Emirates e Bora-Hansgrohe uniram-se na perseguição alcançaram com relativa facilidade Roy Goldstein, Jonny Brown, Ian Garrison, Joonas Henttala e Michael Hernandez, Hernandez que somou todas as contagens de montanha do dia.
A confusão começou a cerca de 12 kms da meta, Tejay van Garderen caiu e pouco depois falhou uma curva devido à distribuição de travagem da bicicleta do seu colega. Com isso perdeu imenso tempo e nem a ajuda da equipa quase toda fez com que chegasse sequer perto do pelotão. A 3,5 kms do final houve uma queda colectiva que afectou praticamente metade do pelotão, com alguns homens da geral como David de la Cruz e Gianni Moscon a ficarem envolvidos, o bloco da EF Education First abrandou e passou à volta da queda.
O final foi muito nervoso devido ao forte vento que se fazia sentir e até no sprint houve cortes. A UAE Team Emirates fez um grande trabalho (com Rui Oliveira em destaque) a lançar Jasper Philipsen e o belga esteve próximo de ganhar, só foi ultrapassado nos 20 metros finais por Fabio Jakobsen, com Peter Sagan a fechar o pódio. Tejay van Garderen e Gianni Moscon chegaram a mais de 45 segundos e numa fase inicial caíram para fora do top 5.
Só que a organização tomou uma das decisões mais inusitadas que já se viu no ciclismo internacional, decidiu atribuir o mesmo tempo a toda a gente porque “a queda colectiva foi fora dos 3 kms finais por muito pouco.” Isso até seria compreensível até certo ponto, mas aquando dessa queda Tejay van Garderen e o bloco da EF Education First estavam ainda bem longe do pelotão e o norte-americano acaba por ser o mais beneficiado de todo este imbróglio, já que lhe permite manter a camisola amarela.