Etapa de transição entre montanhas, muito cansaço no pelotão e relativa falta de sprinters abriram o apetite para ciclistas atacantes logo nos primeiros quilómetros da jornada. Acabaram por se destacar Senne Leysen, Diego Pablo Sevilla, Thomas Champion e Charlie Quartermann, um quarteto bom para o controlo do pelotão e aos quais ainda se tentaram juntar Davide Gabburo (viria a ser apanhado alguns quilómetros depois) e Michael Matthews (marcado praticamente de imediato por Jonathan Milan).
A situação estabilizou num dia em que os corredores fizeram quase 44 km/h de média e em que o grupo principal liderado essencialmente pela Astana, Movistar e Bahrain-Victorious apenas deu 3 minutos de avanço à fuga. Os perseguidores fizeram uma importância aproximação já dentro dos 50 kms finais e o quarteto dianteiro entrou nos 30 kms finais apenas com 45 segundos de avanço. Senne Leysen foi o último resistente e até assustou um pouco quando o pelotão levantou o pé e o belga ficou com uma vantagem de 1 minuto.
O corredor da Alpecin-Deceuninck foi apanhado mesmo à entrada dos 5 kms finais, numa fase em que ainda um misto de sprinters e ciclistas da geral a povoar a frente do pelotão. O sprint foi praticamente dividido em 2 partes, um primeiro sprint para a parte técnica (que foi ganho pela DSM), só que a formação de Alberto Dainese ficou sem lançador muito cedo e quem teve o timing perfeito foi a Jayco, de Michael Matthews.
O australiano, longe de ser um puro sprinter, lançou o esforço da frente e parecia que tinha a vitória no bolso, só que nos 100 metros finais surgiram recuperações incríveis de Alberto Dainese, que acabaria por ganhar, e Jonathan Milan, que foi 2º e consolidou a classificação por pontos. Michael Matthews teve de se contentar com o 3º lugar, à frente de Niccolo Bonifazio. Ainda não foi desta que Fernando Gaviria conseguiu a tão desejada vitória e que Mark Cavendish festejou no Giro nesta que é a sua última temporada como profissional.