Uma rara chance para os sprinters depois de tanta montanha, mas será esta 14ª etapa assim tão linear?
Percurso
Os sprinters tiveram que esperar muito e superar imensas dificuldades mas esse dia finalmente chegou numa longa ligação de 187,5 kms entre San Vicente de la Barquera e Oviedo. 80% da jornada é disputada junto à costa, o que aumentará o nervosismo do pelotão face aos ventos laterais.
As subidas existem e estão concentradas na segunda metade da etapa, falamos de várias colinas não categorizadas antes da subida de 3ª categoria, por exemplo 5,5 kms a 4,2% e 2,5 kms a 4,1% dentro do 70 kms finais e ainda a tal montanha categorizada, que está a 22 kms da meta e tem 8,3 kms a 3,1%, o Alto de la Madera é uma subida constante e tem grandes variações.
O final em Oviedo também não é linear, o quilómetro final pica a 4% e quem começar o sprint final cedo demais pode pagar o preço.
Tácticas
Depois de tantos dias de sofrimento é provável que as equipas dos sprinters peguem na corrida. Ainda assim não é uma jornada fácil de controlar pela orografia, Bora-Hansgrohe e UAE Team Emirates têm ciclistas a lutar pela geral e o cansaço acumulado é um factor a ter em conta. Já vimos tiradas aparentemente inócuas como esta dar numa fuga vitoriosa e precisamente na Vuelta, veja-se a jornada que Jelle Wallays ganhou por exemplo.
Favoritos
Num final como este e com a experiência e ritmo competitivo de 3 semanas que tem Sam Bennett tem de ser considerado como um dos candidatos. Bennett já ganhou em finais parecidos, como na Volta a Turquia, é alguém que não se importa de sprintar com alguma inclinação.
Jon Aberasturi tem andado escondido os últimos dias enquanto Jonathan Lastra e Alex Aranburu têm atacado nas fugas. Este é um final que assenta na perfeição ao espanhol da Caja Rural, a única equipa Profissional Continental que ainda não triunfou nesta Vuelta e a acontecer seria poético.
Outsiders
Em teoria Luka Mezgec está mais fresco que os outros sprinters, o esloveno passa melhor que a montanha que os outros ciclistas rápidas e a Mitchelton-Scott até pode acelerar o ritmo para aumentar o desgaste dos outros sprinters durante a jornada.
Fabio Jakobsen é um sprinter que já ganhou algumas semi-clássicas belgas em ligeiras subidas, portanto não é completamente estranho a este final empinado. A questão são as 3 semanas, o talentoso holandês está na sua estreia em Grandes Voltas, veremos o que consegue.
Fernando Gaviria também se consegue defender em pequenas colinas, mas a colocação tem de ser boa, dos sprinters referenciados é aquele que pior passa a montanha, no entanto a moral está em alta da UAE Team Emirates.
Possíveis surpresas
Há mais alguns ciclistas rápidos que têm de ser tidos em consideração para este final, nomeadamente Clement Venturini, que foi para a fuga hoje um pouco de forma inexplicável. Marc Sarreau consegue defender-se e o próprio Alex Aranburu pode andar novamente com os melhores. Na Trek-Segafredo a grande dúvida é quem vai sprintar, John Degenkolb e Edward Theuns são opções legítimas e esta será a melhor chance na prova para Edvald Boasson Hagen. Como já referimos não colocamos de parte a hipótese de uma fuga resultar, diríamos que há 70% de chances de um sprint final, 20% de uma fuga e 10% para um ataque tardio. Para o ataque tardio os nomes que saltam à vista são Zdenek Stybar, Philippe Gilbert e Nikias Arndt. Para a fuga escolhemos Domingos Gonçalves, Cyril Barthe, Damien Touze, Jesus Ezquerra e Owain Doull.
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