21 etapas depois os ciclistas chegam a Verona para a última etapa, um contra-relógio que servirá para marcar as últimas diferenças na classificação geral.
Percurso
A cidade de Verona recebe o final da primeira Grande Volta do ano, com o 3º contra-relógio individual da prova. Está longe de ser para puros especialistas, basicamente há 9 quilómetros planos, 5 kms a abrir e 4 kms a fechar. A meio há uma subida de 4100 metros a 4,8% que vai dificultar a tarefa dos ciclistas.
Favoritos
Mais um contra-relógio neste Giro e mais um que não favorece os puros especialistas, devido à subida colocada a meio do percurso. Após 3 longas semanas, as pernas de muitos já devem estar cansadas e podem existir diferenças no entanto, como é hábito, os homens da classificação geral conseguem aproximar-se dos primeiros lugares quando os contra-relógios estão colocados no final das Grandes Voltas.
Procurando entrar no pódio final, Primoz Roglic tentará ganhar o 3º contra-relógio neste Giro. É verdade que o esloveno tem ido a fundo todos os dias, mas ao ser um ciclista de 3 semanas sabe recuperar dos seus esforços melhor que ninguém. A subida são boas notícias para Roglic que tem aqui um perfil parecido com o do contra-relógio final da Volta a Romandia que o esloveno ganhou.
Se há ciclista capaz de bater Roglic, esse é Victor Campenaerts, segundo no último contra-relógio, num percurso muito mais duro. Ganhará tempo na parte plana, já que é dos melhores do mundo nesta especialidade, resta saber como o recordista da hora se vai defender na subida, onde tem melhorado muito. Se estiver num dia super, pode conseguir a primeira vitória em Grandes Voltas.
Outsiders
Chad Haga é um ciclista que costuma andar bem em contra-relógio de Grandes Voltas e este Giro não tem sido excepção. Numa Team Sunweb que passou completamente ao lado da corrida, o norte-americano tem a responsabilidade de dar um bom resultado à sua equipa. Bom trepador, não terá dificuldade na subida.
Até agora, Bauke Mollema tem feito um Giro de muito bom nível, pois normalmente costuma ter uma grande quebra na semana final e isso não veio a acontecer. O holandês não é um especialista em contra-relógio mas é um ciclista bastante versátil e neste Giro tem esforços individuais de grande nível.
Vincenzo Nibali é outro ciclista que se defende bastante bem nos contra-relógios apesar de não ser um especialista, ainda para mais após 3 semanas onde a capacidade de recuperação conta muito. O seu lugar na classificação geral está, à partida, definido, mas o Tubarão quererá acabar bem o Giro.
Possíveis surpresas
Bob Jungels teve um Giro para esquecer, andando desaparecido praticamente durante as 20 etapas já disputadas. Tentará salvar a honra da Deceuninck-QuickStep que ainda não ganhou no Giro, algo muito raro. Tanel Kangert sempre foi conhecido como um bom contra-relogista então neste tipo de percurso é onde o estónio se dá melhor. A fazer um Giro muito regular, resta saber como recuperou do esforço de hoje. Ion Izagirre foi, em tempos, um dos melhores do mundo neste tipo de percurso e tem dias em que ainda consegue fazer exibições dessas. A Astana já leva 3 triunfos e, apesar de muito trabalho em prol de Miguel Angel Lopez, o basco quererá um bom resultado. Pavel Sivakov dificilmente conquistará a camisola branca mas enquanto há estrada tudo é possível, por isso o russo da Team INEOS vai andar a fundo, num percurso que lhe assenta muito bem. Por fim, atenção a Pello Bilbao, Victor De La Parte, Thomas De Gendt e Tobias Ludvigsson.
Super-jokers
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