Após um dia para os sprinters, é hora dos homens da classificação geral aparecerem! Primeira chegada num pequeno topo que promete fazer diferenças entre os favoritos.
Percurso
A Área Metropolitana de Lisboa recebe a visita da Volta a Portugal, desta vez com a chegada ao concelho de Loures, depois de mais de 200 kms que tiveram partida da Marinha Grande. O traçado até é relativamente acessível até aos 50 kms finais. Aí a subida de Salemas (4,6 kms a 5,7%) pode fazer uma primeira selecção.
Depois até Santo António dos Cavaleiros há 3 colinas, primeiro 1700 metros a 5,8% junto a Santa Iria da Azóia e a seguir a Sacavém há 2700 metros a 3%. A parte final vai ser uma loucura, os ciclistas vêm numa recta grande antes de entrar numa sequência de rotundas que vai dar à subida final, muito explosiva. Segundo o livro de prova são 1500 metros a 7,7%, com rampas de 12%. Prova que a colocação será essencial é que há 2 curvas nos últimos 300 metros.
Favoritos
Uma etapa acessível de controlar pelo que não acreditamos que uma fuga tenha o seu sucesso. No final, o nervosismo será muito pois a colocação será fundamental para evitar perdas de tempo e para quem quiser estar na luta pela vitória dado a existência de várias curvas mesmo no final, como já referido anteriormente.
Vicente Garcia de Mateos é um dos ciclistas habituados a ganhar etapas na Volta a Portugal e são estes finais onde o espanhol se consegue dar bem. Alguma dureza que afaste os homens rápidos da luta e um final em subida tornam De Mateos muito perigoso. Já este ano, no G.P. Beiras, este perto de ganhar em finais idênticos.
Não é impossível um ciclista chegar isolado e se há alguém capaz de fazer pelo que já demonstrou esta temporada é Joni Brandão. O ciclista português está na sua melhor temporada de sempre, vencendo em todo o tipo de terreno, quer com ataques de longe, quer com ataques já perto do final.
Outsiders
A Amore & Vita ganhou hoje e porque não pensar em nova vitória amanhã? Desta vez, acreditamos que a aposta será Marco Tizza, outro experiente ciclista, este mais adaptado para estes finais, onde obtém bons resultados, como são os casos das clássicas italianas e do G.P. Beiras, para além de Voltas a Portugal de outros anos.
Edgar Pinto é sempre um perigo entre os homens da geral. Com uma ponta final muito rápida, consegue estar sempre na luta pelos primeiros lugares e, mesmo sem bonificações, vai querer estar bem colocado para evitar cortes e perdas de tempo. Está a fazer uma excelente temporada.
Domingos Gonçalves desiludiu no prólogo mas o próprio disse que não vinha para discutir essa tirada. Agora, com algum andamento, o cenário pode ser outro. Corredor muito explosivo, tem uma chegada feita à sua medida, onde pode colocar na estrada toda a sua potência. Não tem medo de atacar, se for necessário.
Possíveis surpresas
Luís Mendonça pode, ainda, acusar a falta de ritmo de 3 meses sem competir no entanto tem aqui um final perfeito para si. Dentro dos sprinters, Daniel Mestre é aquele que pode ter as melhores hipóteses de estar na luta só que está dentro da W52-FC Porto e pode ser obrigado a trabalhar para os seus líderes. Na mesma equipa, podemos dizer o mesmo de Gustavo Veloso, que noutros anos era um especialista nestes finais duros. António Carvalho tem alguma explosão, sempre essencial para estes finais e parece em grande forma, pelo que não é de descartar uma possível vitória, sendo que está na pole position para envergar a camisola amarela. João Benta costuma estar sempre bem colocado e pode aproveitar alguma distração para atacar e vencer. O mesmo podemos dizer de Frederico Figueiredo. Rafael Lourenço pode conseguir um excelente resultado para a UD Oliveirense-InOutBuild. Nas equipas estrangeiras, a surpresa pode vir de nomes como Juan António Lopez-Cozar e Awet Gebremedhin.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Luís Gomes e Jesus del Pino.