Percurso
258 quilómetros vão ligar a cidade de Liege a Ans. Como é normal neste tipo de corridas, a parte inicial será menos complicado e servirá para definir a fuga do dia e para esta ganhar alguma vantagem. De Liege para Bastogne serão 90,5 kms apenas com uma dificuldade, o Cote de Bonnerue (2,8 kms a 6,2%). A viagem de volta para Liege é que será bem mais complicada, começando logo pelo Cote de Saint-Roch (1 kms a 11,1%) e pelo Cote de Mont-le-Soie.
A partir daqui é que começa a real selecção do grupo principal, já deveremos ver os favoritos e as suas equipas na frente, além dos habituais ataques de figuras secundárias. A 90 kms da meta surge o Cote de Pont (1 km a 10,5%), com o Cote de Bellevaux (1,1 kms a 6,8%) e o Cote de la Ferme Libert (1,2 kms a 12,1%) a estarem logo de seguida. Segue-se uma fase mais calma, até aos 61 kms finais, onde surge o Col du Rosier (4,4 kms a 5,9%), a ascensão mais longa da competição. À entrada dos 50 kms finais aparece o Col du Macquisard (2,5 kms a 5%), sendo que os jogos tácticos e todas as decisões deverão começar a fazer-se a partir daqui.
O Cote de la Redoute (2 kms a 8,9%) é talvez a colina mais conhecida da prova, estando a 35,5 kms do final e poderemos ver já aqui alguns favoritos a testarem as águas e a agitarem a corrida. Mas a 19,5 kms da meta surge o Cote du Roche-aux-Faucons (1,5 kms a 9,3%), uma subida terrível após tantos quilómetros de prova e no final da qual já deveremos ver um grupo muito restrito na frente e ver os primeiros ataques mais sérios.
Só que ainda há mais, pois a 5,5 kms do final está localizado o Cote de Saint-Nicolas (1,2 kms a 8,6%), uma subida que tem servido para mais ataques e que seleciona ainda mais o grupo. O final em Ans è ligeiramente a subir, com o último quilometro a ter uma inclinação média de 4,6%. Parece pouco, mas depois desta dureza toda e de 250 kms de prova faz mossa, nunca esquecendo que a cerca de 300 metros da meta existe uma perigosa viragem a esquerda, onde Daniel Martin caiu em 2014.
Perfil da prova
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Favoritos
Acreditamos que esta vai ser uma corrida com um perfil parecido à Fleche Wallonne, ou seja, todos contra a Movistar. As equipas rivais fizeram isso na perfeição na Quarta-Feira e houve ciclistas que já vieram a público dizer que as linhas orientadoras serão as mesmas. Na Fleche vimos Alaphilippe bater Valverde e o francês, conjuntamente com a Quick-Step, será mais marcado aqui. Portanto, a corrida vai ser partida muito cedo, talvez a faltar 60 ou 70 kms, e a Movistar tem uma escolha a fazer, ou passa o dia a perseguir (nessa altura só devem restar Anacona, Landa, Soler e Betancur), ou lança corredores nos ataques, pois a Quick-Step deve escolher a 2ª opção. Logo, e isto é uma previsão arriscada, achamos que será um nome mais de “segunda linha” a triunfar, com um ataque dentro dos 20 kms finais. Terá de ser um corredor ofensivo, com mentalidade ganhadora e pragmático, que esteja em grande forma.
Quem se encaixa neste perfil? Na nossa opinião, Roman Kreuziger. O checo teve 2 tácticas diferentes esta semana, na Amstel atacou de longe e foi premiado com o 2º posto e na Fleche Wallonne foi 4º, sendo mais conservador, obteve claramente o melhor resultado de sempre para ele nesta prova. Está melhor do que nunca e tem excelentes resultados aqui, 4º em 2011, 7º em 2014, 5º em 2015 e 7º em 2016. Kreuziger é um ciclista ganhador, tem provas de 1 semana, clássicas como a Amstel Gold Race e a Classica San Sebastian, e ainda etapas em Grandes Voltas no seu palmarés.
Esta é a clássica onde os voltistas se dão melhor, e prova disso são as prestações que Romain Bardet tem tido aqui, em 5 participações esteve sempre no top 15 e 3 vezes no top 10, este ano foi 3º na Strade Bianche e 9º na Fleche Wallonne. Aqui será o líder claro da equipa, com Alexis Vuillermoz a apoiá-lo nos momentos decisivos. Bardet é um corredor que está sempre lá nos momentos decisivos, não é por acaso que ganhou etapas no Tour em 2015, 2015 e 2017, é atacante e desce muito bem.
Outsiders
Sim, é muito estranho colocarmos Alejandro Valverde como um outsider, e fazêmo-lo por questões tácticas, até porque as 9 vitórias que ele já somou este ano mostram que as pernas estão lá. Vencedor desta prova em 2008, 2015 e 2017, terá todo o pelotão contra si na defesa do título, precisa de estar perfeito taticamente e que todos os elementos da equipa tenham um dia super. Se estiver no grupo da frente à entrada do quilómetro final, é provável que ganhe.
Julian Alaphilippe finalmente conseguiu bater Alejandro Valverde na Fleche Wallonne, depois de algumas tentativas. O francês preparou muito bem esta semana e quer melhorar o 2º lugar de 2015. A Quick-Step Floors está em altas, e com Pieter Serry e Enric Mas em grande forma e um Bob Jungels a subir de rendimento, deve jogar ao ataque, tentando forçar a Movistar a ainda mais trabalho.
O ímpeto dentro de cada equipa é preponderante e quase ninguém tem a moral tão em alta como a Astana, com 3 vitórias em 5 etapas do Tour of the Alps. Jakob Fuglsang não fez parte dessa equipa, mas esteve em destaque ao atacar forte na Amstel Gold Race para ajudar o vencedor da corrida, Michael Valgren, e ainda conseguiu um top 20 na Fleche Wallonne, o que é um excelente resultado para ele. Já foi aqui 9º em 2015 e tem uma boa ponta final, algo muito útil em caso de chegada em grupo reduzido.
Possíveis surpresas
Se há equipa que pode decidir quem ganha ou perde a corrida é a Bahrain-Merida, quem vem com Vincenzo Nibali, Ion Izagirre, Enrico Gasparotto, e Domenico Pozzovivo arrisca-se seriamente a ganhar, temos o feeling que Nibali e Pozzovivo, que têm bons resultados aqui, têm uma chance sólida. Rui Costa será a melhor carta a jogar por parte da Team UAE Emirates, parece-nos quem está em melhor forma, dos 3 líderes e esta corrida assenta-lhe que nem uma luva, o poveiro já fez 9º em 2013, 4º em 2015 e 3º em 2016. A Lotto-Soudal também tem potencial para explodir com a corrida, mas não parece a força mais coordenada, Tim Wellens queixou-se que Jelle Vanendert não trabalhou para ele na Quarta-Feira, apesar do companheiro ter feito pódio. Conjuntamente com Tiesj Benoot, se querem ganhar, ou sequer fazer pódio, terão de trabalhar em prol do colectivo. A Team Sky vem com Michal Kwiatkowski, Geraint Thomas, Sergio Henao e Wout Poels, mas nenhum dos 3 especialistas em clássicas parece com grandes pernas e Thomas faz a sua estreia na Liege-Bastogne-Liege. Dylan Teuns irá liderar a BMC, o belga prometia muito, mas desiludiu na Fleche Wallonne, a corrida desta semana que melhor lhe assenta. Bauke Mollema irá liderar a Trek-Segafredo e muito cuidado com o holandês, que estará protegido o dia todo e é uma aposta sólida para fazer top 10. Na Team Sunweb, o estado de forma de Tom Dumoulin é uma incógnita e Michael Matthews precisa de uma corrida muito pouco atacada para conseguir estar entre os melhores no final. Por fim, olho muito atento ao que Michael Valgren, vencedor da Amstel Gold Race, e a Rudy Molard, uma das confirmações da temporada.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Michael Woods e Patrick Konrad.
Tips do dia
Roman Kreuziger a bater Mikel Landa –> odd 1,45
Jelle Vanendert a bater Sergio Henao –> odd 1,58

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