Último dia dos Mundiais de Yorkshire com a prova mais apetecível de todas! Teremos um novo campeão do Mundo ou conseguirá Alejandro Valverde defender o seu título?
Percurso
285 quilómetros entre Leeds e Harrogate com um sobe e desce constante. Logo ao início, existe uma subida para aquecer as pernas (Chelker Reservoir), com a Cray Hill (2,9 kms a 5%) a surgir ao quilómetro 68. Buttertubs (6.7 kms a 4.3%) e Grinton Moor (4.4 kms a 5.4%) são as restantes subidas complicadas, ficando ainda na primeira metade da prova.
À falta de 100 quilómetros, os ciclistas entram no circuito de Harrogate, no qual dão 7 voltas. Otley Road (1600 metros a 3.2%) abre as hostilidades do circuito final, seguindo-se uma descida até aos 7200 metros finais. Harlow Moor (1200 metros a 5.2%) é uma subida bastante regular, à qual se sucede uma pequena colina de 400 metros a 7%, já bem perto do quilómetro final. O último quilómetro tem fases 4-5%, com o final a ser quase plano.
Táticas
O Campeonato do Mundo é uma prova muito especial para todos os ciclistas. Um dia diferente no ciclismo, onde os ciclistas correm pelos seus países e, em muitos casos, não têm bons gregários para ajudar o grande líder. Para amanhã, a equipa que salta mais à vista é a Bélgica, com pelo menos 5 ciclistas com possibilidades de vencer a camisola do arco-íris.
A chuva estará presente e vai endurecer ainda mais a corrida, numa corrida com mais de 3500 metros de desnível positivo acumulado. Se na fase inicial não acreditamos que se passe nada de relevante, a entrada no circuito de Harrogate irá começar a animar a corrida. Holanda, França, Bélgica e Itália serão as equipas que mais deverão trabalhar na frente do pelotão.
Favoritos
Mathieu van der Poel tem dominado todas as provas de estrada que tem feito esta temporada. Um fenómeno incrível que esteve impressionante no Tour of Britain, onde ganhou 3 etapas e a geral. Teve um último teste na Primus Classic, onde esteve com alguns dos rivais de amanhã e mostrou-se pronto. A distância não será problema para si, viu-se na Amstel Gold Race que tem pernas para isto e muito mais. Mais rápido que a maioria, o holandês pode continuar a sua época de sonho.
Teremos Peter Sagan de regresso ao arco-íris? O eslovaco leva já 3 títulos mundiais, ganhou-os de forma consecutiva, algo inédito, e raramente falha nesta prova. Mais uma vez, ganhou a camisola verde, venceu no Tour e, nas recentes clássicas do Canadá pareceu muito forte, tendo respondido prontamente aos ataques de Julian Alaphilippe. Ninguém duvida da sua ponta final, veremos se Sagan está mais calculista e não se desgastará em demasia.
Outsiders
Greg van Avermaet é um poço de regularidade e estando na equipa belga parte com alguma vantagem, devido às múltiplas opções que têm, o que pode levar a uma corrida bastante tática. Nunca foi melhor que 5º no entanto este ano parece estar muito bem, vem de ganhar no Canadá, na Primus Classic respondeu facilmente a Van der Poel. Será o campeão olímpico também campeão do Mundo?
Dentro da equipa da Bélgica, também Philippe Gilbert parte como um dos ciclistas a ser protegido. Uma Vuelta impressionante, onde triunfou em duas etapas voltaram a colocar o campeão do Mundo de Valkenburg entre os candidatos. Veterano e com muita experiência sabe o que é necessário para vencer. Preferirá uma corrida mais dura.
Uma corrida também beneficiará Julian Alaphilippe. Ao contrário do ano passado, após o Tour, o francês pouco correu, preparando-se de uma forma mais detalhada para os Mundiais. Poucos são os que conseguem acompanhar “LouLou” neste tipo de terreno, pois quando arranca é uma bala.
Possíveis surpresas
Alexey Lutsenko tem tido uma aproximação aos Mundiais incrível, vencendo duas clássicas italianas de forma categórica. Campeão mundial sub-23, o cazaque está na forma da sua vida e a vitória está ao seu alcance. Alejandro Valverde pode vir a acusar o desgaste da Vuelta no entanto com o murciano nunca se sabe, anda sempre bem e estará motivado para defender o seu título. Matteo Trentin é mais que um sprinter e, na seleção de Itália é a carta mais séria. Já foi campeão europeu e o título mundial seria a cereja no topo do bolo de um ciclista que não tem medo de atacar. Michael Matthews anda sempre bem nos Mundiais mas ainda lhe falta a vitória que pode vir a surgir este ano, com as indicações das clássicas do Canadá a serem boas. Chuva e uma corrida endurecida são boas notícias para Tim Wellens, belga que adora este tipo de clima e percurso. Alexander Kristoff é um especialista nestas provas e na forma em que está Sam Bennett não pode ser descartado. Por fim, atenção a Michael Valgren, Remco Evenepoel, Marc Hirschi, Zdenek Stybar e Kasper Asgreen.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Sonny Colbrelli e Oliver Naesen.
Tips do dia
Michael Valgren melhor que Jakob Fuglsang -> odd 1,60 (stake 2)
Marc Hirschi melhor que Kasper Asgreen -> odd 1,90 (stake 1)
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