A prova chinesa fecha a temporada de ciclismo em termos de World Tour, uma competição com algumas figuras de proa. José Gonçalves assegura a representação portuguesa.
Percurso
Etapa 1
O Tour de Guangxi começa com uma curta jornada de 107.4 kms em Beihai, onde os sprinters devem discutir a vitória.
Etapa 2
A 2ª tirada liga Beihai a Qinzhou, um dia sem dificuldades, onde os sprinters devem voltar a discutir a vitória.
Etapa 3
A 3ª jornada também é muito simples, feita em volta de Nanning, num circuito a ser percorrido por 3 vezes, contando com 2 contagens de montanha de 3ª categoria e 125.4 quilómetros, perfeita para os homens rápidos.
Etapa 4
A montanha faz a sua primeira aparição na 4ª etapa, 152.2 quilómetros com um final duríssimo, cerca de 3.2 kms a 7.3%, mas com algumas rampas acima de 10%, etapa perfeita para trepadores explosivos. No ano passado, Tim Wellens triunfou nesta chegada.
Etapa 5
A penúltima tirada é aquela que tem mais desnível positivo, quase 2500 metros, com 4 contagens de montanha, duas de 3ª categoria e duas de 2ª categoria, sendo que a última montanha de 2ª categoria está a 34 quilómetros da meta. Essa subida tem 4.6 kms a 4.7% e com alguma dureza já para trás, poderá afastar a grande maioria dos homens rápidos da vitória.
Etapa 6
Para terminar esta prova chinesa temos uma ligação de 169 quilómetros de média montanha, após 115 quilómetros planos aparecem 2 subidas, 1 de 2ª categoria (3.5 kms a 4.1%) e outra de 1ª categoria (5 kms a 3.9%), estando esta última ainda a 41 kms da meta.
Favoritos
Parece-nos que tudo ficará decidido na 4ª etapa, a menos que as tiradas 5 e 6 sejam extremamente atacadas e que o líder esteja muito isolado dos seus colegas de equipas, o que é improvável pois não há grandes pendentes. Sendo assim, o vencedor deverá ser um trepador explosivo que ainda está motivado e fresco nesta altura da temporada.
Directo de um excelente Giro di Lombardia, Rigoberto Uran vai chegar certamente desgastado depois de uma longa viagem. Ainda assim, o colombiano tem as primeiras 3 etapas para fazer uma boa habituação à China e ao fuso horário. Encaixa-se no perfil necessário e a EF Education First é daquelas equipas que ainda pode melhorar a imagem no final da temporada.
Gianluca Brambilla teve uma época bem abaixo do esperado, mas o pequeno italiano tem tradição de andar bem em Outubro. Estava a caminho de um bom resultado no Giro dell’Emilia quando teve um problema mecânico e depois esteve bem na Tre Valli Varesine. É algo explosivo e Julien Bernard será um bom apoio.
Outsiders
Uma época algo apagada para Alexis Vuillermoz pode ser salva aqui. O francês adora finais explosivos e a chegada em alto está mesmo no limite da sua especialidade. Desde que regressou à competição depois de abandonar o Tour que tem uma série de resultados positivos.
A Team Sky tem Gianni Moscon, só que o italiano parece-nos claramente desgastado e a precisar de férias. A alternativa é Eddie Dunbar, um jovem que ainda por cima está mais ambientado ao fuso-horário e com ritmo depois de fazer a Hammer Series em Hong Kong.
Peter Kennaugh está a fazer um excelente final de temporada, depois de fazer top 20 na prova de estrada do Mundial, foi 3º na Tre Valli Varesine, onde andou isolado perto do final. Correu recentemente a Hammer Series e é alguém que parece com muita vontade tendo em conta o quão longa a época vai.
Possíveis surpresas
Há ciclistas que têm de ser consideradas pela sua qualidade mesmo sem ter em conta outros aspectos. Como é óbvio Gianni Moscon continua a ter as suas hipóteses, tal como Fabio Aru, que é um nome grande que tenta aqui minimizar um ano que não lhe correu nada bem. Na Astana há várias alternativas como é habitual, Sergei Chernetskii e Davide Villella devem ser as melhores opções. Richie Porte é a grande incógnita, o australiano não alcançou os objectivos na Vuelta, veremos se vem com ideias. Obviamente a Quick-Step também chega aqui com alguma ambição, pensamos que os jovens Maximilian Schachmann e Jhonatan Narvaez terão uma oportunidade de ouro para se mostrarem. Oportunidade também é a palavra de ordem na Movistar, Ruben Fernandez e Winner Anacona trabalharam imenso para outros ao longo do ano. Sepp Kuss é a outra grande incógnita, a par de Richie Porte, o norte-americano desiludiu um pouco na Vuelta depois de deslumbrar nas provas norte-americanas. José Gonçalves tem as suas hipóteses, depois de um pequeno período de descanso, o português parece rejuvenescido. Atenção ainda a Hugh Carthy, Soren Kragh Andersen e Carlos Betancur.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são Luis Leon Sanchez e Simon Geschke.