A segunda etapa do Paris-Nice teve tudo menos um guião habitual nas provas de ciclismo. Dia sem grandes dificuldades, apenas duas contagens de montanha ainda na primeira metade da jornada e, com a primeira localicazada pouco depois dos 10 quilómetros, Jonas Rutsch e Mathieu Burgardeau voltaram a estar na frente. O alemão levou a melhor e, de seguida, ambos recuaram para o pelotão. Pascal Eenkhorn ainda atacou, o neerlandês andou 20 quilómetros fugido mas uma aventura em solitário estava fora de questão.
A animação voltava a aparecer para o Côte de Villeconin, novamente luta entre Rutsch e Burgardeau, desta vez com o francês a levar a melhor. Tática perfeita da TotalEnergies, a colocar um ciclista entre os dois rivais da montanha o que fez com que Burgardeau seja o novo líder dessa classificação. Mais de 100 quilómetros para o fim e, tirando o sprint intermédio onde Mattias Skjelmose bonificou 2 segundos, a etapa foi bastante mónotona até aos derraadeiros 10 quilómetros. Ritmo moderado, não havia pressa no pelotão e só com o aproximar da chegada é que existiu vida no pelotão.
Muitos comboios a tentarem colocar-se na frente mas foi a Tudor Pro Cycling a aparecer a 2 quilómetros do fim, alongando muito o pelotão. Apesar da boa colocação, a equipa helvética não fez o lançamento do sprint da frente, com Danny van Poppel a arrancar de longe. Habituado a ser lançador, o neerlandês lançou-se a 300 metros do fim, Arvid de Kleijn aproveitou a roda do compatriota e, nos últimos 50 metros saltou para a frente para conquistar a vitória. Laurence Pithie e Dylan Groenewegen completaram o pódio, ultrapassando Van Poppel. Ruben Guerreiro e João Almeida chegaram integrados no pelotão.
Esta é a primeira vitória da temporada para Arvid de Kleijn, depois de quatro segundos lugares. É, também, a primeira vitória do neerlandês no World Tour, tal como acontece para a Tudor Pro Cycling de Fabian Cancellara. Laurence Pithie é o novo camisola amarela, fruto das bonificações alcançadas na meta.