Depois da sua melhor temporada de sempre, em que foi 1º no Tour of Norway, 2º no Tour of Yorkshire e 3º na Vuelta a Castilla y Leon, falou-se que Eduard Prades estava pronto para outros voos. O líder da Euskadi Murias culminou esta época brilhante com o triunfo na Volta a Turquia a semana passada e foi hoje anunciado como reforço da Movistar para 2019, juntando-se assim a Jurgen Roelandts, Carlos Verona e Lluis Mas.
Eduard Prades sobe ao World Tour e à mais importante equipa espanhola aos 31 anos e depois de passagens pela OFM Quinta da Lixa, Caja Rural e Euskadi-Murias, ele que em Portugal ganhou o Troféu Joaquim Agostinho, fez 2º na Volta ao Alentejo e 7º na Volta a Portugal. Será uma boa decisão? Duvidamos. Para a Movistar é certamente um bom reforço, um ciclista muito completo e regular e que estará motivado pela oportunidade. É verdade que o comboio da Movistar pode não passar 2 vezes na carreira, e a parte financeira pode ter tido influência, mas dificilmente Prades terá grandes oportunidade na Movistar, a Euskadi-Murias está a trabalhar bem, a evoluir, a crescer e parece-nos que teria sido a melhor opção a permanência como líder na equipa basca.
A Team Sky contratou o jovem equatoriano de 21 anos Jhonatan Narvaez à Quick-Step Floors. O actual campeão equatoriano de estrada ainda tinha contrata com a formação belga mas foi recrutado pela Team Sky após uma temporada em que surpreendeu pela adaptação ao escalão sénior, onde trabalhou muito e ainda conseguiu ser 5º no Tour de Wallonie. Um corredor muito completo, à semelhança de Gianni Moscon, por exemplo, tem sido um padrão nos últimos reforços da Team Sky. Para além de ciclistas completos vai aumentar o contingente de sul-americanos, fazendo companhia a Egan Bernal e, possivelmente, a Ivan Sosa.
Quem também vai fazer companhia a Jhonatan Narvaez é Filippo Ganna. Já há muito se falava desta transferência, era conhecido o interesse da Team Sky no jovem italiano, ele mostrou publicamente ter dúvidas sobre esta mudança, mas acabou por sair da UAE Team Emirates.
Um ciclista muito possante do alto do seu 1.93m, é um especialista em contra-relógios que também se adapta às clássicas de empedrado e que este ano surpreendeu na chegada em alto da Vuelta a San Juan, mostrando que é mais completo do que se pensa. Foi vice-campeão italiano de contra-relógio este ano e estará focado nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, na vertente da pista, onde terá os gémeos Oliveira como 2 dos grandes rivais, como tem vindo a ser hábito.
Há poucos dias noticiámos a separação por mútuo acordo entre Edward Theuns e a Team Sunweb. O belga e a equipa não chegaram a acordo face ao método de trabalho e Theuns decidiu regressar à Trek-Segafredo, onde já foi feliz e onde obteve um rendimento desportivo bem melhor. Com o regresso de Edward Theuns, a manutenção de John Degenkolb e de Jasper Stuyven e ainda o despontar do jovem talento Mads Pedersen, a Trek-Segafredo fica com um alinhamento e pêras para as clássicas, opções não faltarão. Theuns também fará o lugar de Giacomo Nizzolo em alguns provas por etapas, já que o italiano está de saída e Theuns tem uma boa ponta final.
Já quando à CCC Team, continua a preencher as vagas que ainda existem na equipa, e somou o 21º elemento ao plantel. Trata-se do polaco de 28 anos, Kamil Gradek. Um ciclista muito completo que teve dificuldades em encontrar equipa para 2017, entrou na One Pro Cycling e conseguiu mostrar o seu valor, subindo para a CCC em 2018. Esta época esteve em destaque em algumas provas polacas, especialmente aquelas com contra-relógios, onde pode usar o seu poder físico. Também foi 10º na Nokere Koerse e 14º na Dwars door Vlaanderen, adapta-se bem às clássicas com empedrado. Ainda faltam 4 a 5 ciclistas para completar o plantel, e segundo os rumores que circulam ainda podem entrar nomes sonantes.
A Androni Giocattoli foi uma das melhores equipas Profissionais Continentais, como já é hábito. Também é tradição perder alguns dos seus talentos para formações com mais poderio financeiro. Para contrariar isso, as equipas de Gianni Savio têm de ser criteriosas nas contratações. A equipa anunciou que os italianos Matteo Busato e Mattia Viel serão reforços em 2019.
Matteo Busato é o nome mais sonante, com 30 anos, Busato chegou tarde ao nível Profissional Continental, só em 2015 a Southeast, actual Wilier, e ficou lá até 2018. 3º na Volta a Coreia e no Trofeo Laigueglia este ano, é alguém que não ganha muito, mas está quase sempre entre os melhores nas etapas de média montanha, sobe bem e tem uma ponta final razoável. Mattia Viel tem outro perfil, bem mais jovem com os seus 23 anos, já tinha sido estagiário da Androni em 2015 e foi novamente este ano. Entretanto representou a Unieuro e a Holdsworth. Em 2018 esteve muito apagado, mas em 2017 alguns resultados de boa valia.
Foi surpreendente para nós como ninguém pegou em Emils Liepins mais cedo. O letão de 25 anos estava livre depois da One Pro Cycling declarar o seu fim e só nos últimos dias assinou contrato, estreando-se no escalão Profissional Continental com a WB Aqua Protect Veranclassic. Liepins é um corredor muito possante, um sprinter por natureza que subiu a pulso na carreira.
Depois de excelentes resultados em 2017, a One Pro Cycling deu-lhe uma oportunidade de sair dos balcãs e o ciclista natural da Letónia não desiludiu. 2 etapas na Istrian Spring Trophy, outros 2 triunfos na Baltic Chain Tour, a vitória na Heistse Pijl e ainda 3 lugares entre os 6 primeiros nas etapas do Tour of Britain foram o suficiente para convencer a equipa belga.