Depois do surpreendente abandono de Chris Froome mesmo antes do contra-relógio começar a prova em si deu mais surpresas. Wout van Aert somou uma vitória estrondosa, por mais de 30 segundos sobre o 2º classificado num contra-relógio de 26 quilómetros. Se o triunfo do belga foi estrondoso, o primeiro no World Tour e ao serviço da Jumbo-Visma, ainda mais inesperada foi a margem para o 2º (31 segundos).
Tom Dumoulin seria teoricamente o grande candidato dada a ausência de Chris Froome, só que o holandês mostrou que ainda não está na melhor forma depois da queda no Giro, foi 3º a 47 segundos, atrás de Tejay van Garderen, que conseguiu um esforço individual bastante agradável, tal como tem sido apanágio da EF Education First em 2019.
Entre os candidatos à vitória final os mais rápidos foram Steven Kruijswijk, Emanuel Buchmann e Adam Yates, respectivamente 4º, 5º e 6º, com Jakob Fuglsang também a defender-se bem, integrando o top 10. Graças a isso o dinamarquês é agora 4º na geral, a 7 segundos do novo líder que é Adam Yates, logo seguido por Dylan Teuns e Tejay van Garderen.
Richie Porte voltou a não estar ao seu melhor nível, enquanto se esperava um pouco mais de Thibaut Pinot. As defesas de Daniel Martin e Nairo Quintana foram razoáveis, cedendo menos de 1 minuto para a concorrência mais directa. Mais desiludidos ficaram certamente Romain Bardet (a 1:03 de Kruijswijk) e principalmente Michael Woods (a 1:40 de Kruijswijk, o melhor dos favoritos). De referir ainda a presença no top 10 da etapa dos franceses da Quick-Step Remi Cavagna e Julian Alaphilippe e o bom contra-relógio de José Gonçalves, que foi 24º a 1:44 do vencedor.