O Tour entrou na cordilheira dos Vosges e chegou a montanha a sério. Uma etapa duríssima com mais de 4000 metros de acumulado que prometia um dia muito complicado para todo o pelotão. A luta pela fuga foi intensa no entanto esta formou-se relativamente rápido com Benoît Cosnefroy, Dylan Teuns, Serge Pauwels, Julien Bernard, Giulio Ciccone, Nikias Arndt Natnael Berhane, Thomas De Gendt, Tim Wellens, Fabien Grellier, Nils Politt, Xandro Meurisse, Andrea Pasqualon e André Greipel.
No pelotão, ninguém quis pegar na perseguição e foi a Deceuninck-QuickStep que foi para a frente com os seus ciclistas mas ciente da dificuldade de Julian Alaphilippe defender a camisola amarela deixou a fuga ganhar uma larga vantagem, que chegou a ser superior a 8 minutos. Nos topos das contagens de montanha, a etapa ganhava alguma emoção, com Tim Wellens e Giulio Ciccone a travarem a luta pelo primeiro posto.
A situação de corrida mudou a 53 quilómetros do fim. Na terceira contagem de montanha do dia, com a vantagem a rondar os 8 minutos, a Movistar pegou na corrida e começou a reduzir a diferença, algo que não acontecia há muitos quilómetros. Na descida, a Bora-hansgrohe chegou a ajudar a formação espanhola, no entanto foi por pouco tempo.
Na subida do Col des Croix, a 37 quilómetros do fim, Thomas de Gendt atacou, andando em solitário durante alguns quilómetros, sendo apanhado pelo grupo perseguidor apenas no Col des Chevrères, onde a fuga se partiu por completo, ficando na frente apenas Tim Wellens, Dylan Teuns, Xandro Meurisse e Giulio Ciccone. No grupo dos favoritos, já bastante reduzido, continuava a ser a Movistar, com o campeão do Mundo Alejandro Valverde a impor ritmo. A vantagem era de 4 minutos.
Esta diferença manteve-se até ao início da La Planche des Belles Filles, onde Marc Soler ainda ajudou, enquanto pode, Alejandro Valverde que durou até aos 4500 metros para o fim. Isto levou a Team INEOS a pegar na corrida, numa altura em que a fuga ficava sem Wellens e Meurisse e tinha 3 minutos de vantagem. Pouco depois, começar a surgir os ataques, com Warren Barguil e Mikel Landa, com o basco a sair disparado do grupo do camisola amarela.
Estes ataques espevitaram o pelotão, levando a Groupama-FDJ a aparecer com David Gaudu a aumentar ainda mais o ritmo. Na frente, Ciccone e Teuns mantiveram-se juntos até ao final, no qual Teuns se mostrou mais forte nas duras rampas de 24%, conquistando o triunfo. Ciccone foi 2º, a 11 segundos, e começou-se a contar o tempo para Alaphilippe para ver quem ficava com a amarela. A sorte acabou por sorrir ao italiano, já que Alaphilippe terminou a 1:46, no 6º lugar.
Pelo meio, Meurisse foi 3º, o campeão em título Geraint Thomas mostrou-se o mais forte dos favoritos ao ser 4º, a 1:44, e Thibaut Pinot, com o mesmo tempo do ciclista da Deceuninck-QuickStep. Quintana e Buchmann chegaram a 1:51, Fuglsang, Landa, Porte e Bernal a 1:53, Adam Yates e Martin a 1:58 e Uran a 2:02. Os maiores derrotados foram Mas a 2:17, Kruijswijk a 2:19 e Bardet a 2:53. Ainda tuudo muito junto na geral e com um líder surpresa, Giulio Ciccone!