A Movistar costuma ser uma equipa bastante discreta no mercado de transferências no entanto 2019 promete ser um ano muito diferente! Duas das grandes figuras devem estar de saída e, para tal, devem ser contratadas outros dois ciclistas de relevo para fazer face a estas saídas.
Começando pelas partidas, temos o nome de Nairo Quintana. O colombiano está na equipa de Eusébio Unzue desde 2012 e, nos últimos anos, parece ter estagnado um pouco. Já ganhou um Giro e uma Vuelta mas desde o Giro de 2017 que não faz um pódio em Grandes Voltas. Aliás, desde essa altura os resultados do trepador de 29 anos caído a pique, destacando-se alguns pódios em provas World Tour.
Recentemente, Quintana, talvez desagrado com a sua situação dentro da Movistar, afirmou que prefere ter ciclistas mais fracos que estejam do seu lado e trabalhem para si do que ciclistas mais fortes mas que pretendam fazer a sua corrida. Ora, tudo isto deve levar à saída do colombiano que deve estar a caminho da Team Arkéa-Samsic, equipa Profissional Continental francesa onde seria o líder indiscutível e teria uma equipa feita em seu torno.
De saída também está Mikel Landa. O sempre controverso basco está no seu 2º ano de contrato com a formação espanhola mas nunca teve uma liderança absoluta de uma Grande Volta e isso está a pesar na sua decisão. É verdade que os resultados não mostram a qualidade de Landa no entanto falta sempre algo nos momentos decisivos. O basco recebeu uma proposta da Bahrain-Merida e deve mudar-se para o Médio Oriente onde será o principal líder para as Grandes Voltas já que Vincenzo Nibali está de saída para a Trek-Segafredo.
Mas quem irá a Movistar contratar para colmatar estas saídas? Primeiramente, Richard Carapaz deverá ver o seu contrato renovado isto depois de ter recebido uma proposta bastante choruda da Team INEOS por altura do Giro, visto que o orçamento ficará mais desafogado. O primeiro nome apontado à equipa espanhola é David de la Cruz.
Concordamos que o espanhol não terá a capacidade dos outros dois nomes que estão de partida para liderar nas Grandes Voltas mas se voltar ao nível que apresentou na Quick-Step poderá ser um corredor muito importante. Aí, conseguiu vencer etapas em Grandes Voltas, fazer top 10 nestas, o que lhe valeu a ida para a Team Sky, onde nunca mostrou o porquê da sua aposta. Será um gregário de luxo que poderá ter oportunidades em algumas provas de uma semana.
A grande aposta da equipa deverá ser o também espanhol Enric Mas. O 2º classificado da Vuelta do ano passado ainda não renovou o seu contrato com a Deceuninck-QuickStep e apesar de Patrick Lefevere o querer fazer, já disse que o espanhol está a pedir demais e que não vai ceder às pretensões do ciclista. É aqui que entra a Movistar, que pretende um grande líder espanhol para fazer face às duas mais que prováveis saídas já referidas. Este ano Mas não tem conseguido resultados de relevo no entanto viu-se na Vuelta do ano passado que consegue andar com os melhores e é capaz de ganhar Grandes Voltas.
Uma novela com várias personagens e que ainda vai fazer correr muita tinta!