O segundo dia da Vuelta a Murcia trouxe a etapa mais dura da prova, aquela que habitualmente se corria nos últimos anos quando esta prova era uma clássica. Os primeiros quilómetros foram feitos a alta velocidade até se formar uma fuga de 10 elementos, onde estavam Justin Timmermans, Peter Kennaugh, Ángel Madrazo, Mauricio Moreira, Urko Berrade, Txomin Juaristi, Nikolay Cherkasov, Robin Carpenter, Paul Ourselin e Tom Devriendt.
Muito numerosa, esta fuga nunca conseguiu atingir uma vantagem sólida. Tal como ontem, a corrida animou muito cedo, com o Alto Collado Bermejo, que terminava ainda a mais de 75 quilómetros da chegada. Aí, Jakob Fuglsang, Damien Howson e Riccardo Zoidl foram os mais inconformados e os ataques partiram por completo o pelotão.
Na descida, o pelotão apanhou este trio, estando cerca de 40 ciclistas no grupo dianteiro. Chris Juul-Jensen ainda tentou a sua sorte mas o grupo manteve-se compacto em direção à última subida do dia.
Terminando a 12 quilómetros da meta, quem quisesse ganhar a geral teria que atacar em Cresta del Gallo e foi isso que Alejandro Valverde fez, levando consigo Luis Leon Sanchez. Os dois murcianos não tiveram resposta e o ritmo do campeão do Mundo foi tão violento que “LuisLe” cedeu e no topo da montanha estava já a 10 segundos de Valverde. O grupo perseguidor, com o líder Pello Bilbao, estava a 30 segundos.
Na descida, Luis Leon Sanchez arriscou e conseguiu juntar-se a Valverde. Os dois murcianos trabalharam em conjunto e disputaram a etapa e a geral entre si. No sprint final, e tal como aconteceu na temporada passada, o ciclista da Astana foi o mais rápido, batendo o campeão do Mundo. A 15 segundos chegou o grupo do líder, com Matteo Trentin a ser 3º. Na classificação geral, Sanchez revalida o título conquistando no ano passado, com Valverde a ser 2º e Bilbao 3º.
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