O dia começou com muita chuva, o que levou à alteração do percurso, com a retirada de duas das subidas iniciais, adicionando-se duas voltas ao circuito final de Harogate. Os primeiros quilómetros viu a fuga formar-se mas com ciclistas muito importantes. Os vencedores de Grandes Voltas Richard Carapaz, Primoz Roglic e Nairo Quintana estavam na frente, na companhia de Jan Polanc, Magnus Cort, Petr Vakoc, Silvain Dillier, Jonas Koch, Maciej Bodnar, Hugo Houle e Alex Howes.



Com tanta gente importante na frente, o pelotão nunca deu mais de 3 minutos à escapada, com Holanda, França e Bélgica a serem das equipas mais interessadas. Ainda na primeira metade da corrida, por duas vezes, Philippe Gilbert foi obrigado a parar, Remco Evenepoel tentou colocar o seu líder mas sem sucesso, o que levou ao abandono dos dois à falta de 100 quilómetros para a chegada. Devido às condições atrozes, os abandonos iam-se sucedendo, com Alejandro Valverde e Alexey Lutsenko a serem outros dos nomes a deixar a corrida. Tudo isto levou ao fim da fuga.

Foi preciso esperar pelos 60 quilómetros finais para Lawson Craddock e Stefan Kung formarem uma nova fuga. Este duo nunca teve mais de 30 segundos, pouco depois recebeu a companhia de Mads Pedersen, Gianni Moscon e Mike Teunissen. O pelotão esteve sempre perto do quinteto e tudo isto levou a que, a 33 quilómetros começassem a animar coisas no pelotão.



Mathieu van der Poel (quem mais?) lançou o primeiro ataque com Matteo Trentin a responder prontamente. Este duo começou a colaborar e, rapidamente, chegou à frente onde já não estava Mike Teunissen. Esta ataque colocou todo o pelotão em sentido e voltou a ser a Bélgica a assumir a perseguição. Contudo, na penúltima passagem pela meta, a vantagem era já de 25 segundos, com Carlos Betancur, Toms Skuijns e Gorka Izagirre a estarem intermédios.

Para a última volta já não havia grupo perseguidor, apenas Trentin, Van der Poel, Kung, Pedersen e Moscon estavam na frente, com o pelotão, onde era sempre a Bélgica a trabalhar, a praticamente 50 segundos. A grande surpresa aconteceu logo a seguir, com Mathieu van der Poel a colapsar de forma impressionante. O holandês ficou sem forças e em menos de 1 quilómetro passou do grupo da frente para trás do pelotão.



A vantagem grupo da frete foi aumentando com o passar dos quilómetros e era certo que a vitória estava na frente. Moscon trabalhou muito, ficou para trás a 5500 metros e a partir daí Kung e Pedersen colaboraram ainda mais. Os 3 da frente entraram juntos no quilómetro final, com Stefan Kung a fazer muito do trabalho. Já na reta da meta, a 200 metros, Matteo Trentin foi o primeiro a arrancar, parecia que ia para o triunfo no entanto de trás vinha um impressionante Mads Pedersen, que com uma ponta final muito superior, conquistou o triunfo e o primeiro título mundial de sempre para a Dinamarca. Kung foi 3º e ficou com o bronze. Mais atrás, e depois de ter atacado numa das dificuldades finais, Peter Sagan finalizou em 5º, a 43 segundos, com Michael Valgren a ser 6º. No pelotão, ou o que restava dele, Alexander Kristoff foi o mais forte, com Rui Costa a terminar, mais uma vez, entre os melhores, fazendo 10º.

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