Começamos o nosso habitual ranking das equipas com a melhor formação Continental do ano e desta vez o debate interno foi entre a Terengganu e a Team Medellin. A equipa colombiana saiu de 2023 com quase 3 dezenas de vitórias e a qualidade das mesmas também foi superior ao conjunto malaio, daí essa escolha. Miguel Angel Lopez e Oscar Sevilla foram os líderes, um luxo para uma estrutura do terceiro escalão do ciclismo mundial, estes bons resultados não foram, de todo, surpreendentes.
Os dados
Vitórias: 29 triunfos, nenhum na Europa, mas 3 em corridas da ProSeries.
Pódios: 54 pódios, e não estão aqui incluídas diversas classificações secundárias numa equipa que muito atacou as provas por etapas
Dias de competição da equipa: 63 dias de corrida, é talvez a aqui mais eficaz do Mundo, com 29 vitórias em 63 dias de competição.
Idade média do plantel: 30,3 anos, um número inflacionado pelos 47 anos de Oscar Sevilla, mas a estrutura nunca conseguiu fazer uma renovação do plantel
Mais kms: O veteraníssimo Oscar Sevilla fez 7392 kms, fazendo mais de 80% do calendário da equipa.
Melhor vitória: Elegemos a Vuelta a San Juan que Miguel Angel Lopez fez pela concorrência que tinha de enfrentar.
O mais
Não foi uma surpresa o desempenho de Miguel Angel Lopez neste “novo” calendário após todos os problemas que teve. Até vamos mais longe, o colombiano tinha obrigação de fazer o que fez, venceu a Vuelta a San Juan quando queria mostrar-se às equipas do WorldTour e a preparar como poucos e depois na Volta do seu país dominou por completo. Ao que parece, as portas fecharam-se e só lhe restará fazer outro época deste género e esperar pelo melhor em 2025.
É quase inacreditável como, aos 47 anos, Oscar Sevilla ainda consegue estar a disputar corridas como o Tour of Hainan face a ciclistas com idade para serem seus filhos e que integram estruturas do World Tour.Foi uma temporada extremamente bem sucedida e regular, mesmo quando não fez top 10 foi essencial para a manobra da equipa. Walter Vargas voltou a mostrar-se o melhor contra-relógio desta parte do globo.
O menos
A nível internacional não se viu o talentoso Aldemar Reyes, mas a nível interno deixou a sua forma com o 4º lugar na Volta a Colômbia e a vitória no Clássico RCN, um ciclista que quando era sub-23 se batia com os melhores do Mundo na montanha.
O mercado
Ainda não há novidades oficiais sobre a Team Medellin para 2024, mas com este panorama esperamos que pelo menos 80% do plantel se mantenha, incluindo os ciclistas mais importantes da equipa.
O que esperar em 2024?
Sem plantel confirmado é obviamente bastante complicado projectar o que será a próxima temporada, mas cremos que andará muito nas linhas do que sucedeu em 2023, um elenco essencialmente colombiano, um calendário centrado na América do Sul e o domínio de várias corridas “menores”. Existe sempre a esperança e expectativa que alarguem horizontes e façam algumas corridas na Europa como já fizeram, a Vuelta as Asturias ou a Volta a Portugal, por exemplo.