Já tínhamos aqui falado sobre o grande fenómeno que é Remco Evenepoel, um jovem de 18 anos, desejado por muitas equipas WT, e que tem dominado por completo o escalão de juniores em 2018, apelidado de “Canibal” no mundo do ciclismo, uma alusão ao grande Eddy Merckx. Só para terem uma ideia, chegou ao Campeonato do Mundo de Innsbruck com 20 vitórias, duplo campeão nacional, duplo campeão europeu (com quase 10 minutos sobre o 2º na prova de estrada). De todas as provas, de todos os escalões deste Mundial, Evenepoel era o mais favorito que todos, ainda mais favorito que Mikkel Bjerg ontem nos sub-23, que revalidou, com sucesso, o seu título.




Por isso mesmo, a pressão era imensa, e o festejo do jovem belga quando cruzou a linha de meta foi bem exemplo disso. Apesar de ter ganho quase tudo o que havia para ganhar no seu escalão, este triunfo no contra relógio de 27 800 metros significou imenso para Evenepoel, que cruzou a linha de meta com 1:24 sobre Luke Plapp e 1:38 sobre Andrea Piccolo, que ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Fazendo uma comparação, este registo de Remco Evenepoel, daria para ter sido 6º ontem no escalão sub-23, e esta extrapolação é possível, porque o percurso foi o mesmo para os dois escalões.




Quanto aos portugueses, os resultados estiveram na linha do que foi ontem para os sub-23, o campeão nacional da especialidade, Guilherme Mota, foi 29º a 3:42, e Afonso Silva fechou na 48ª posição, cedendo 4:56 para o vencedor do dia. Daqui a pouco inicia-se a prova feminina, onde as grandes favoritos são, sem sombra de dúvida, as holandeses, que têm um contingente composto por Annemiek van Vleuten, Ellen van Dijk, Anna van der Breggen e Lucinda Brand. Van Vleuten tenta defender o seu título mundial, e não seria de admirar ver um pódio totalmente holandês.

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