Com 6 vitórias em 2019, 5 delas no World Tour, Sam Bennett é um dos sprinters com mais triunfos em 2018. Tendo em conta que o contrato com a Bora-Hansgrohe é somente válido até ao final desta temporada e que a equipa alemã tem outras grandes sprinters no alinhamento, como Peter Sagan ou Pascal Ackermann, a saída de Sam Bennett não só parece provável, como parece quase certa.
Principalmente porque o irlandês foi preterido tanto para o Giro (onde brilhou em 2018) como para o Tour (onde Peter Sagan tentará nova camisola verde). Em termos de sprinters a Vuelta é sempre a Grande Volta menos apetecível para os homens rápidos e já não vai de encontro às ambições do ciclista de 28 anos, até porque dentro do pelotão internacional já tem outro estatuto.
A grande questão é então para onde vai Sam Bennett em 2020? Tem de ser uma equipa com um orçamento disponível elevado, já que Bennett não é um ciclista barato, e com espaço para ele liderar nas principais competições. Segundo o Irish Times, o irlandês já assinou um pré-acordo com a Katusha-Alpecin, que é uma equipa que cumpre precisamente estes requisitos.
Alexander Kristoff saiu no final de 2017, a contratação de Marcel Kittel foi um fracasso e o alemão até tirou um intervalo na carreira e não se sabe quando volta, Simon Spilak tem piorado os resultados e Ilnur Zakarin baixou o nível desde 2017. No meio disto tudo claramente a equipa precisa de grandes ciclistas, que consigam resultados a curto prazo, porque uma formação World Tour não pode claramente ter como líderes Ilnur Zakarin e um jovem de 24 anos, Nils Politt nas clássicas. Caso se confirme esta contratação ao menos Sam Bennett poderá encontrar na Katusha-Alpecin alguns lançadores de qualidade como Rick Zabel, Marco Haller ou Jens Debusschere.