Esta foi uma etapa muito estranha e muito nervosa ao mesmo tempo. Uma fase inicial com estradas expostas e vento lateral provocou imenso nervosismo no pelotão, a fuga nunca mais se dava e parecia certo que os favoritos iam discutir a etapa, mesmo quando a 70 kms da meta se formou um grupo grande de 19 elementos na frente da corrida, afinal de contas já não havia tanto terreno pela frente para as formações dos candidatos à geral controlar a corrida.
No entanto a diferença do grupo composto por Jose Joaquin Rojas, Manuele Boaro, Heinrich Haussler, Felix Grosschartner, Fran Ventoso, Philippe Gilbert, Tim Declercq, Tosh van der Sande, Tsgabu Grmay, Willie Smit, Nikias Arndt, John Degenkolb, Jacopo Mosca, Valerio Conti, Marco Marcato, Alex Aranburu, Jonathan Lastra, Fernando Barcelo e Cyril Barthe cresceu imenso, de tal forma que era de 4:20 a 50 kms da meta.
Tal como ontem o grupo dianteiro atacou-se diversas vezes, primeiro mexeu Lastra, mas foram Grosschartner e Grmay a ganhar algum avanço e a entrar nos 15 kms finais com 14 segundos enquanto o pelotão estava a mais de 3 minutos. Na última subida houve os ataques decisivos, a 9 kms da meta atacou Philippe Gilbert e o belga seguiu sozinho, com Aranburu e Barceló no seu encalce.
O ciclista da Deceuninck-Quick Step conseguiu uma vantagem de quase 20 segundos no alto, só que Aranburu e Barceló não desistiram e a 2 kms da meta havia só 9 segundos entre Gilbert e o duo perseguidor. O belga, vencedor de Grandes Monumentos resistiu para festejar um brilhante triunfo, com Alex Aranburu a bater Barceló na luta pelo 2º posto.
No pelotão houve mexidas, só que sem consequências de maior, o grupo principal chegou a mais de 3 minutos, com Primoz Roglic a conservar tranquilamente a camisola vermelha face aos ataques nomeadamente de Miguel Angel Lopez. Ruben Guerreiro foi o melhor ciclista português na 35ª posição e regressou ao top 20 na geral.