Regresso da alta montanha na Vuelta e o regresso também das fugas enormes, tem sido recorrente na última Grande Volta do ano. Depois da primeira contagem de montanha do dia destacou-se um grupo de 29 unidades com Pedrero, Latour, Bouchard, Venturini, Novak, Grossschartner, Gilbert, Henao, Higuita, Armirail, De Gendt, Grmay, Howson, Meintjes, Poels, de la Cruz, Cras, Fabbro, Guerreiro, Power, Tusveld, Brambilla, Eg, Madrazo, Chernetskii, Jesus Herrada, Atapuma, Bizkarra e Saez.
Sergio Higuita era quem mais próximo estava na geral, a 10:21 e a Jumbo-Visma manteve a diferença a rondar os 3 minutos durante muito tempo. A fase intermédia da etapa foi muito confusa, na frente houve ataques e mais ataques, ficando cerca de 20 elementos na discussão da vitória, enquanto o pelotão continuava a perder tempo, eram 8:40 a 55 kms do final. Tal como aconteceu na etapa em que Mikel Iturria ganhou a Euskadi-Murias sabia que tinha de fazer alguma coisa e Hector Saez arrancou em solitário, entrando nos últimos 30 kms com 2 minutos sobre o grupo perseguidor.
Foi precisamente nessa altura que a Astana pegou no pelotão e reduziu drasticamente a diferença para a frente da corrida, Saez entrou em los Machucos com 1:20 sobre o grupo perseguir e 3:20 para o pelotão. O espanhol da Euskadi-Murias foi ultrapassado por Bruno Armirail que vinha em perseguição já há algum tempo e Armirail também viu Pierre Latour passar por ele a 4 kms da meta. No grupo dos favoritos o primeiro a mexer foi Nairo Quintana.
Só que o colombiano pagou o preço quando Tadej Pogacar acelerou e um a um foi deixando todos para trás com excepção de Primoz Roglic, seguiu o duo esloveno em boa colaboração. Latour foi apanhado a 1,5 kms e imediatamente deixado nas covas pelos eslovenos. No final a vitória foi, sem contestação, de Tadej Pogacar, com Primoz Roglic a ver o seu compatriota festejar enquanto alargava a sua vantagem na geral.
Valverde e Quintana chegaram a quase 30 segundos enquanto Miguel Angel Lopez, que viu a sua equipa trabalhar imenso e desgastar-se, cedeu praticamente 1 minuto para Roglic. Ruben Guerreiro esteve novamente irrepreensível, foi 11º a 1:13