A União Ciclista Internacional divulgou hoje a primeira lista das equipas que se candidataram aos escalões World Tour e Profissional Continental e há algumas novidades interessantes. Para o principal escalão do ciclismo mundial a UCI recebeu 20 candidaturas, para além das 18 formações que já estão no World Tour a elas querem juntar-se a Arkea-Samsic e a Cofidis.



Ambas as formações francesas fizeram um investimento avultado neste defeso, a Arkea-Samsic apostou forte na contratação de Nairo Quintana e dos seus escudeiros, enquanto que a Cofidis tem agora no seu plantel Elia Viviani, com um lançador de luxo como Simone Consonni. Fala-se que existe uma falha no regulamento da UCI e que o organismo que regula o ciclismo mundial é obrigado a aceitar todas as candidaturas ao World Tour para 2020 desde que cumpram as obrigações financeiras.

Um maior número de equipas do World Tour retira a liberdade aos organizadores das provas World Tour de convidar as equipas Profissionais que querem. Dando o exemplo das Grandes Voltas, um cenário de 20 equipas no World Tour permitiria apenas 1 convite para a organização já que o outro cairia para a equipa PCT melhor posicionada no UCI World Ranking, perfazendo as 22 equipas. Nas outras corridas reduziria também de 5 para 3 a quantidade de convites que as organizações poderiam dar.



Em relação ao escalão Profissional Continental propriamente dito há muitas novidades, já foi anunciado que Euskadi-Murias, Nippo-Vini Fantini e Roompot-Charles acabam, querem entrar neste escalão a Uno-X da Noruega e a espanhola Fundacion Euskadi. A Axeon passará para o escalão Continental. Para o ciclismo português é de notar a ausência da W52-FC Porto da lista inicial de equipas da UCI, principalmente numa altura em que já saíram algumas notícias relatando que a W52/FC Porto está a ponderar uma descida ao escalão Continental.

Esta ausência não significa necessariamente que a formação portuguesa desça de escalão, simplesmente significa que não entregou a documentação necessária a tempo desta lista preliminar, ainda tem algumas semanas para o fazer caso se queira manter como Profissional Continental. Pelo que sabe a estrutura ainda está a avaliar a situação, a procurar possíveis patrocinadores, para tomar uma decisão final.

Isto porque com a reforma que a UCI implementou, ser uma equipa Profissional Continental em 2020 requer um investimento ainda superior, obriga as equipas europeias a ter um plantel de 20 ciclistas e obriga que tenham passaporte biológico de modo a participar em corridas World Tour ou ProSeries, uma nova divisão de corridas, parecida com a Hors Categorie neste momento. Também esse passaporte biológico significa despesa.



De recordar que também em 2018, quando saiu esta lista preliminar (no dia 5 de Outubro), a W52/FC Porto não constava dessa lista, no entanto entregou toda a documentação e garantias necessárias até Dezembro e a UCI aceitou a candidatura ao escalão PCT, pode acontecer o mesmo esta temporada. Na mesma situação está a Burgos-BH, os responsáveis da equipa onde correram Nuno Bico, Ricardo Vilela e José Neves em 2019 já demonstraram o interesse em permanecer no escalão PCT em 2020.

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