Uma das grandes notícias de hoje são as repercussões que a “Operação Aderlass” continua a ter no pelotão internacional. O escândalo que rebentou nos Campeonatos do Mundo de Esqui e que tem como cabecilha o Dr. Mark Schmidt, que trabalhou em várias equipas de ciclismo, já tinha provocado a suspensão de Stefan Denifl e Georg Preidler. Os 2 austríacos começaram a colaborar com as autoridades e apesar do ADN encontrado na casa do Dr. Schmidt ainda não ter sido analisado pela WAD começam a aparecer as primeiras consequências.
A União Ciclista Interrnacional anunciou hoje que suspendeu 4 ciclistas devido a potenciais violações das regras anti-doping. 2 deles já estão retirados, falamos de Alessandro Petacchi, conceituado sprinter italiano, vencedor da classificação por pontos no Tour, que se retirou em 2015 e de Borut Bozic, corredor que deixou de correr no final do ano passado, quando estava na Bahrain-Merida, e que ficou na estrutura directiva da equipa.
Os outros 2 ciclistas ainda estão no activo, Kristijan Koren foi obrigado a deixar o Giro e nem alinhou na 5ª etapa, o esloveno de 32 anos está a ser investigado por um método proibido utilizado entre 2012 e 2013, quando estava na Liquigás. Kristijan Durasek estava a competir na Volta a Califórnia e também ele vai deixar a competição, ficando assim Tadej Pogacar mais sozinho na montanha. A investigação de Durasek é referente ao ano de 2017, quando já corria na UAE Team Emirates
Há algo que une Durasek, Bozic e Koren, todos passaram pela equipa continental eslovena da Perutnina Ptuj. Da turma de 2008 também estão suspensos Kristjan Fajt, Matija Kvasina e Jure Kocjan, ou seja, metade do plantel de 2008, contando com Koren e Durasek, está suspenso devido a controlos positivos ou suspeitas de métodos proibidos. Nos últimos dias também Danilo Hondo, ciclista alemão que passou pela Milram ou Gerolsteiner tinha confessado o uso de doping sanguíneo, ele que era essencialmente um sprinter/lançador.
No entanto, esta não foi a única má notícia para a UAE Team Emirates nas últimas 24 horas, ontem a equipa tinha oficializado, em comunicado, que o colombiano Juan Sebastian Molano tinha sido retirado do Giro devido a valores anómalos registados pela equipa num controlo interno. A equipa suspendeu provisoriamente Molano até o assunto estar claramente e está agora a colaborar com a União Ciclista Internacional para tentar clarificar o caso. Em relação à Operação Aderlass, fala-se que esta é apenas o início de um escândalo muito maior.