A alta montanha entrou de rompante na Volta a Catalunha, uma duríssima chegada em alto a Valter 2000 era o que esperava os ciclistas. A fuga foi bem grande e tinha nomes muito conhecidos: Alvaro Cuadros, Oscar Cabedo, Sergio Samitier, Bart de Clercq, Maurits Lammertink, Pieter Weening, Lennard Kamna, Dries Devenyns, Francois Bidard, Anthony Delaplace e Bert-Jan Lindeman.
A diferença rondou quase sempre os 5 minutos, com algumas equipas a passar pela frente do pelotão. A Movistar trabalhou, tal como a Mitchelton-Scott e a 21 kms da meta uma queda afectou precisamente ciclistas destas equipas. Quando o terreno empinou a vantagem começou a diminuir seriamente, principalmente quando a Team Sky pegou de forma decidida no grupo principal.
A fuga lutava nas duras rampas e daí saiu o veterano Pieter Weening na frente, viria a ser ele o último resistente e o último a ser apanhado pelo comboio da Team Sky, que na altura (a 6 kms do final) já tinha delapidado completamente o grupo. Ivan Sosa fez um trabalho tremendo e Egan Bernal lançou um forte e longo ataque, forçando o ritmo. Nairo Quintana conseguiu seguir o ciclista da Team Sky mas não lhe deu ajuda alguma, permitindo a colagem de Adam Yates.
Mal Adam Yates chegou o ritmo baixou, Bernal não queria também levar o britânico na roda. Aproveitaram Miguel Angel Lopez e Daniel Martin para também eles fazerem a ponte. Até ao quilómetro final houve vários ataques, todos sem grande efeito e quase todos com resposta pronta de Bernal. Nos últimos 300 metros, com estrada larga mas sinuosa vimos uma grande luta, um sprint em subida ganho por Adam Yates, à frente de Egan Bernal e de Daniel Martin, com Nairo Quintana a quedar-se pelo 4º posto.
Thomas de Gendt defendeu-se como pôde e ainda conseguiu manter a liderança, agora com 27 segundos sobre Adam Yates. Que chegou perto de Thomas de Gendt foi uma das desilusões do dia: Alejandro Valverde. Quanto aos ciclistas portugueses, Ricardo Vilela foi 56º e 7:19, José Fernandes foi 103º a 14:51 e Rui Oliveira terminou em 160º a 28:09.