Etapa mais longa da edição deste ano do Tirreno-Adriático, mais de 239 quilómetros num final bastante ondulante, um verdadeiro teste para a Milano-Sanremo. Debaixo de condições meteorólogicas muito adversas, a chuva decidiu marcar presença. Lorenzo Conforti e Davide Bais saltaram para a fuga do dia, só que este duo foi apanhado a 130 quilómetros do fim, ainda na primeira parte da etapa mas já depois das duas contagens de montanha onde Conforti foi sempre primeiro. Apesar de tudo, Bais somou os pontos necessários para manter a liderança desta classificação.
Pelotão compacto até aos 66 quilómetros finais, logo após o sprint intermédio, com Dries de Bondt e Andrea Pietrobon a fazer-se à fuga. Este duo atacou bastante tarde na etapa mas conseguiu mais de 3 minutos de avanço, uma diferença importante à entrada da subida de Valico di Colfiorito. No pelotão, as estradas escorregadias levavam a diversas quedas, com destaque de Jonathan Milan, mesmo antes do início da já referida subida. Maioritariamente ao ritmo da INEOS Grenadiers, o pelotão foi reduzindo a diferença para a fuga, até voltar a estar compacto a 8900 metros do fim.
Nesse momento, surgiam os primeiros sérios ataques no pelotão, com Ben Healy a abrir as hostilidades. A ofensiva do irlandês levou a resposta de nomes como Juan Ayuso, Richard Carapaz, Filippo Ganna e Mathieu van der Poel, formando um grupo de elite na frente de corrida. Sem organizam, o pelotão voltou a unir-se, a INEOS Grenadiers voltou a colocar ritmo e até ao topo ad subida não existiram ataques.
Mal se começou a descer, pequena hesitação no grupo e ataque de Filippo Ganna! O italiano abriu um pequeno espaço e foi preciso aparecer Mathieu van der Poel para fechar o mesmo. O último quilómetro apareceu num instante, Healy tentou surpreender com um sprint longo e, no meio da desorganização, quem teve o melhor timing foi Andrea Vendrame. O transalpino da Decahtlon AG2R sprintou para a vitória à frente de Tom Pidcock e Romain Gregoire. Ganna foi 10º e mantém a liderança do Tirreno-Adriático.