No meio de tanta dureza, os sprinters têm uma rara oportunidade para brilhar! Com Jasper Philipsen de fora, conseguirá alguém parar Fabio Jakobsen?

 

Percurso

Dia praticamente plano entre Belmez e Vilanueva de la Serena, numa maratona de 203,7 quilómetros. Sem dificuldades de maior, os destaques vão para os últimos 15 quilómetros, primeiro o sprint intermédio a apenas 11 quilómetros do fim e depois com a chegada.



Os quilómetros finais não são fáceis, com a presença de muitas rotundas. A 3400 metros surge a primeira, que é uma curva para a direita, seguindo-se outra a 2700 metros mas em frente. Uma curva à esquerda quase a 90 graus aparece 2300 metros, antes de nova rotunda para direita a 2 quilómetros. Mesmo antes do quilómetro final surge uma rotunda em frente que pode ser passada pelos dois lados e já no quilómetro final aparece a última, esta a 550 metros da chegada, mesmo antes da curta reta da meta.

 

Tácticas

As oportunidades para os sprinters já escasseiam, amanhã será um dia muito importante para os ciclistas rápidos. Philipsen já foi para casa, Molano também, mas continua a haver muitos interessados. Só 1 equipa poderia não ser suficiente para alcançar a escapada, mas o mais provável é termos Groupama-FDJ e Deceuninck-Quick Step a assumir as rédeas do pelotão.

 

Favoritos

Fabio Jakobsen regressou em perto da sua melhor forma aos grandes palcos, não obstante a sua paragem prolongada. Já ganhou 2 etapas e pode vencer aqui a 3ª até porque continua a ter um impressionante comboio ao lado. Uma etapa plana e acessível é do seu agrado.



Este é um momento decisivo para Arnaud Demare, talvez não chegue para de certa forma salvar a sua temporada, mas iria ajudar a limpar a imagem de desilusão que está a deixar na Vuelta. Sem Guarnieri tem a vida dificultada, o francês tem tido problemas de colocação, talvez agora mude a estratégia.

 

Outsiders

Quase de um momento para o outro a Team DSM recuperou as sensações e já leva 2 triunfos na Vuelta, claramente os melhores do ano. Com a confiança em alta veremos o que consegue fazer o pequeno Alberto Dainese, que já esteve no pódio. O italiano tarda em confirmar o seu potencial, sem grande comboio vai ter de escolher a roda certa.

Jordi Meeus é outro grande talento do sprint, o poderoso belga caiu logo a abrir a Vuelta e já fez 7º por 2 vezes e 4º na etapa 8. Provavelmente terá aqui melhores sensações se não acusar o desgaste da sua primeira Grande Volta. Tem em Martin Laas um lançador de luxo, o ciclista da Estónia é bastante rápido.



Já vimos fugas a resultar em etapas deste género, consideramos que uma das possibilidades para este cenário é Sep Vanmarcke, o belga tem responsabilidade acrescida com este alinhamento da Israel – Start Up Nation e pode jogar com um erro de cálculo do pelotão.

 

Possíveis surpresas

A Bora-Hansgrohe pode escolher Martin Laas para sprintar se o estónio estiver num bom dia, antes da Vuelta derrotou Alexander Kristoff num sprint puro e conquistou uma impressionante vitória. A etapa plana não favorece nada sprinters que preferem corridas mais duras como Matteo Trentin, Magnus Cort e Michael Matthews, não nos admiraria se a BikeExchange optasse pelo rápido Luka Mezgec. Jon Aberasturi terá mais uma chance, sendo que o top 10 é provável e o pódio bastante complicado devido à concorrência. Há mais alguns ciclistas rápidos que ambicionam o top 10, nomeadamente Itamar Einhorn, Piet Allegaert, Sacha Modolo e Clement Venturini. Atenção a Rui Oliveira, que com Molano de fora, pode muito bem ser a opção da UAE Team Emirates. Para a fuga estamos atentos a Alexander Krieger, Stan DeWulf e Antonio Soto.




Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são: Florian Vermeesch e Alex Kirsch.

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