Entre os dois Monumentos do empedrado, os sprinters têm um oportunidade para brilhar numa clássica que sempre lhes foi destinada.

 

Percurso

Uma das clássicas mais planas do calendário internacional, um total de 203 quilómetros onde não há praticamente uma inclinação para amostra. Registam-se 2 sectores de empedrado (1700 metros ambos) a 24 e a 7 kms da meta, mas a maior dificuldade potencial é mesmo o vento.

A corrida é disputada numa zona muito exposta, estão previstos ventos em média na ordem dos 25 km/h e só isso poderá evitar um sprint final.

 

Tácticas

Não há muito a falar aqui, uma boa colocação é essencial nas partes fundamentais da corrida, especialmente nos últimos 30 kms, e para isso é necessária uma equipa poderosa.



 

Favoritos

Pascal Ackermann não começou a temporada da melhor maneira, mas o triunfo na Koksijde Classic certamente lhe deu bastante confiança, numa altura em que Sam Bennett coloca em causa o seu estatuto interno. Nas clássicas daí para a frente ou esteve retido pelas quedas ou trabalhou para os seus colegas. Rudiger Selig será o elemento mais importante na equipa, um excelente lançador.

Fabio Jakobsen está aqui para tentar revalidar o título da temporada passada, na altura o holandês era um relativo desconhecido e no meio de muita chuva bateu nomes mais conceituados. Amanhã chegará com uma equipa de luxo, de longe o melhor comboio, com Florian Senechal, Yves Lampaert e Michael Morkov. Com tanta qualidade a Quick-Step até pode tentar um dos seus truques, como aquele que deu o triunfo a Alaphilippe numa etapa ao sprint recentemente.

 

Outsiders

Hugo Hofstetter começou bem a temporada de clássicas, sendo 11º na Kuurne-Bruxelles-Kuurne, 5º na Ronde van Drenthe e 5º na Nokere Koerse. O pequeno ciclista da Cofidis adora as clássicas do Europe Tour e tem aqui alguns lançadores bem experientes como é o caso de Zico Waeytens.





Outro especialista do Europe Tour é Timothy Dupont, em representação da Wanty Groupe Gobert, que está sempre à procura de pontos. Dupont é um corredor muito consistente e que geralmente se coloca muito bem, uma aposta certa para o top 10, mas quase impossível que ganhe.

Kristoffer Halvorsen está a tardar a confirmar todo o seu potencial, mas subiu claramente o nível de resultados e presença na frente em 2019, foi 2º na Bredene Koksijde e 6º na Brugge-de Panne, bons resultados na Bélgica. A Team Sky chega aqui com um bloco bastante poderoso, com Luke Rowe, Owain Doull e Chris Lawless.

 

Possíveis surpresas

A temporada de André Greipel até agora tem sido um enorme falhanço, só conseguiu estar no pódio na Tropicale Amissa Bongo onde a concorrência era fraca, será que teremos “o Gorila” de regresso aos bons resultados aqui? Duvidamos. Uma das grandes dúvidas é a escolha da UAE Team Emirates para sprintar, Consonni e Molano desiludiram recentemente, portanto a escolha pode recair em Jasper Philipsen, que ganhou muita rodagem nas clássicas. A EF Education First está claramente na mó de cima e chega aqui com Daniel McLay como principal opção, o britânico é um dos sprinters mais irregulares. Max Walscheid abriu bem o ano e depois desapareceu um pouco, um bom resultado será muito importante para a confiança do alemão. Na Trek-Segafredo o sprinter deverá ser Matteo Moschetti, o jovem italiano quer confirmar o seu potencial, tal como Jakobsen fez em 2018. A Wallonie-Bruxelles tem obtido excelentes resultados recentemente, terão de escolher entre Baptiste Planckaert, Emils Liepins e Kenny Dehaes. Atenção ainda a mais alguns ciclistas que podem fazer top 10, nomeadamente Niccolo Bonifazio, Riccardo Minali, Lorrenzo Manzin, Ryan Gibbons e Roy Jans.

 

Super-Jokers

Os nossos Super-Jokers são Tom van Asbroeck e Juan Sebastian Molano.


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