Há quem tenha visto exibições impressionantes no escalão de juniores e não tenha perdido tempo, é o caso da Trek-Segafredo. A equipa norte-americana garantiu a contratação de Antonio Tiberi e Quinn Simmons, precisamente os campeões do Mundo de juniores de contra-relógio e estrada, respectivamente.




Praticamente imitando o que aconteceu com Remco Evenepoel em 2019, Quinn Simmons vai passar de junior para o World Tour já em 2020, fazendo parte da temporada com apenas 18 anos. Simmons chegou aos Mundiais de Yorkshire como um dos grandes favoritos, tinha sido campeão nacional do seu escalão, tinha ganho a Gent-Wevelgem, ao todo chegava com uma dúzia de triundos e não desilidiu. A mais de 30 kms da meta saiu em solitário e os seus rivais só o viram de novo depois da linha de meta. Curiosamente Simmons chegou a representar o seu país em esqui de fundo, tal como Primoz Roglic tem um histórico em desportos de inverno.

Antonio Tiberi, o vencedor da prova de contra-relógio apesar de um problema mecânico logo na fase inicial da prova, também assinou com a Trek-Segafredo, mas o método será ligeiramente diferente. O jovem italiano cumprirá a temporada de 2020 na Team Colpack, uma conhecida equipa de formação, antes de dar o salto para o World Tour em 2021, Tiberi é um corredor que faz um pouco lembrar Filippo Ganna. Esta é uma tendência que se está a generalizar um pouco, de lembrar por exemplo a Team Sunweb, que também fez praticamente o mesmo com Andreas Leknessund, as equipas World Tour querem garantir os jovens talentos o mais depressa possível.




A Delko Marseille decidiu para 2020 apostar em força no mercado africano, até porque a formação Profissional Continental francesa realiza algumas provas nesse Continente. O primeiro ciclista a ser anunciado foi o etíope de 20 anos Mulu Hailemichael, que este ano correu na equipa de formação da Dimension Data. Hailemichael deu nas vistas em 2 provas, no Tour du Rwanda, onde acabou em 15º, e depois no Giro della Valle d’Aosta, onde acabou em 5º, numa das mais difíceis provas sub-23, e à frente de muitos corredores que vão correr no World Tour em 2020. Um jovem com margem de progressão que tem na montanha o seu habitat natural.

O outro reforço dá pelo nome de Biniyam Ghirmay, este eritreu de 19 anos não é muito conhecido na Europa, mas em África tem a alcunha de “Evenepoel africano”. Esta época chamou a atenção quando ganhou etapas na Tropicale Amissa Bongo e no Tour du Rwanda, em ambas as tiradas houve uma chegada com alguma dureza, é um corredor muito explosivo em finais empinados. Em 2018 no escalão de juniores foi um dos poucos a bater Remco Evenepoel e depois foi aos Mundiais fazer top 15 na prova de contra-relógio e estrada. É uma aposta a longo prazo da Delko Marseille, que o garantiu até 2021.




A Wanty continua a preparar uma temporada de 2020 importante, em que irá perder a sua principal referência: Guillaume Martin. Já foi contratado Danny van Poppel, que será acompanhado do seu irmão Boy van Poppel, assim como Corné van Kessel, Quinten Hermans e Simone Petilli. Nos últimos dias foi também anunciado o puncheur holandês Maurits Lammertink, um ciclista que após 2 excelentes épocas na Roompot foi para a Katusha em 2017. Na Katusha foi 6º no Tour de Yorkshire e na Volta a Bélgica e 8º na Cadel Evans Race, mantendo o nível de resultados de temporadas anteriores. Este ano voltou para a Roompot, fazendo 2º na Volta ao Luxemburgo e 6º no ZLM Tour, um ciclista que certamente vai ser útil para a Wanty em provas por etapas com média montanha durante o ano.

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