Com as primeiras grandes diferenças na classificação geral e uma contagem de 1ª categoria praticamente a abrir a etapa os primeiros 30 quilómetros foram de loucura e um grande protagonista: Juan Ayuso. Depois de perder muito tempo ontem o espanhol entrou ao ataque e fez praticamente toda a subida isolado com o pelotão a 20 segundos, com um misto da Visma e da Bahrain a tentar controlar as operações enquanto o grupo principal ficava bem curtinho.
Foi somente na descida que se formou aquilo que podemos chamar uma fuga, com Juan Ayuso, Jay Vine, Mads Pedersen, Sean Quinn, Jardi van der Lee, Damien Howson, Harold Tejada, Brieuc Rolland, Joel Nicolau, Raul Garcia Pierna, Kevin Vermaerke, Eduardo Sepulveda e Marco Frigo. O pelotão finalmente teve alguma acalmia visto que Garcia Pierna, da Arkea, era o mais próximo na geral, a cerca de 5 minutos do líder Torsten Traeen. A Bahrain decidiu levantar o pé, reunir tropar e deixar alguns ciclistas atrasados reentrar, desta forma a diferença andou a rondar os 4 minutos durante muito tempo.
A corrida manteve-se assim até à entrada da subida final, já depois de Mads Pedersen somar os pontos máximos no sprint intermédio. Jay Vine hoje trabalhou em prol de Juan Ayuso, que atacou a cerca de 11 kms da meta, enquanto a Visma impunha o ritmo no grupo principal. Ayuso ainda teve a companhia temporária de Marco Frigo, mas descarregou o italiano pouco depois e a UAE também foi protagonista no grupo dos favoritos com Marc Soler a impor ritmo para o ataque de João Almeida.
O português teve resposta directa de Ciccone e Vingegaard e depois com a hesitação mais gente se juntou, inclusivamente o líder da corrida. Juan Ayuso teve tempo e liberdade para festejar a vitória, cruzando a linha de meta com mais de 1 minuto de vantagem para Marco Frigo, enquanto Raul Garcia Pierna fechou o pódio da etapa. O grupo dos favoritos chegou a mais de 2:30, com Marc Soler ligeiramente destacado e de nomes sonantes com a perda de tempo de Landa, Tiberi e Gaudu, que ficaram ainda mais afastados na geral.