A última etapa do Criterium du Dauphiné era tudo menos acessível, mais um dia de montanha para decidir o vencedor final da competição. A primeira subida do dia foi decisiva para a formação da fuga, um grupo onde se destacavam nomes como Mathieu van der Poel, Maxim Van Gils, Sepp Kuss, Lenny Martinez e Enric Mas. A Uno-X era a equipa mais interessada na perseguição, mostrando grande ambição nos últimos 65 quilómetros.
A 50 quilómetros do fim, numa das subidas do dia, Van der Poel isolou-se na frente, mantendo-se na frente até ao sopé da subida final para o Col du Mont-Cenis. As dificuldades voltavam a aparecer e a corrida mudavam de figurino, com Martinez e Mas a isolarem-se, ate o francês ficar sozinho a 8,3 quilómetros do fim. Entre os favoritos, Tobias Johannessen abriu as hostilidades, um ataque que reduziu ainda mais o grupo, numa altura em que Paul Seixas ia ao chão sem grandes consequências. Foi um ataque de Evenepoel a partir do grupo, saindo com Pogacar, Vingegaard e Johannessen e um contra-ataque de Vingegaard deixou o dinamarquês e Pogacar sozinhos.
1500 metros para o topo, 8 para o final e a corrida não se alterou mais. Martinez aguentou a aproximação final do duo e venceu a etapa final do Dauphiné. Vingegaard e Pogacar chegaram a 34 segundos, Jorgenson e Evenepoel a 40. Na geral, Pogacar é o vencedor final, com 59 segundos de vantagem para Vingegaard e 2:38 para Lipowitz.