A temporada até começou relativamente bem para a Lotto Soudal, no entanto os últimos tempos têm sido algo complicados, com os resultados a não surgirem. As principais figuras não estão a render o esperado e, por consequência, os pontos amealhados tem sido poucos e a equipa belga encontra-se numa situação delicada na luta pela sobrevivência no World Tour para o próximo triénio.



A juntar ao menor rendimento na temporada de clássicas, as lesões têm sido muitas e com um plantel curto (27 ciclistas), muitas vezes a formação belga não tem conseguido estar com elencos mais competitivos nas provas que está presente. Jarrad Drizners e Kamil Malecki são lesionados de longa duração e, para colmatar estas ausências, John Lelangue foi ao mercado, contratando Reinardt Janse van Rensburg e Carlos Barbero.

Falamos de dois ciclistas da antiga Team Qhubeka-NextHash que, desde o primeiro dia de janeiro se encontravam sem emprego mas que nunca desistiram, continuando a treinar e a procurar regressar à elite do ciclismo mundial. O principal destaque vai para o sul-africano que, este ano, sagrou-se campeão nacional de estrada, foi 5º na prova de contra-relógio e, mais à frente, foi aos Campeonatos de África fazer 2º na prova de estrada e 6º na prova de contra-relógio.



Ora, traduzindo isto para pontos, Rensburg já conseguiu praticamente 350 pontos UCI que seriam muito valiosos para a Lotto Soudal mas como foram conseguidos antes de assinar contrato de nada serviram. Como referência, do plantel atual da equipa belga, apenas Arnaud de Lie (660), Tim Wellens (562) e Victor Campenaerts (363) têm mais pontos UCI que o sul-africano de 33 anos. Caleb Ewan tem 277 pontos.

A qualidade do sul-africano sempre foi evidente, ainda continua a ser um ciclista muito regular, quer seja nas clássicas, quer nos sprints (seja ele sprinter ou lançador). A Lotto Soudal deveria ter estado mais atenta, Rensburg era uma excelente oportunidade de mercado. De recordar, que este ciclista tem historial em Portugal, venceu duas etapas e a classificação por pontos da Volta a Portugal em 2012.



Também Carlos Barbero é um sprinter que passa bem a média montanha e que gosta de finais mais inclinados, destacou-se principalmente no escalão secundário onde, este ano, os pontos valem ouro. Acreditamos que também possa ter as suas oportunidades em algumas provas mas será, também ele, importante para o coletivo e para a preparação dos sprints. Como curiosidade, Barbero já se destacou em estradas portuguesas, sendo o único duplo vencedor da Volta ao Alentejo.

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