O fecho da segunda semana da Vuelta trazia uma etapa de média montanha, um dia que prometia uma grande fuga e acabou por se cumprir. A contagem de montanha de primeira categoria logo a abrir viu um “pelotão” fugir ao verdadeiro pelotão. 45 ciclistas em fuga, com destaque para Jay Vine, Ivo Oliveira, Mads Pedersen, Orluis Aular, Junior Lecerf, Egan Bernal, Michal Kwiatkowski, Sean Quinn, Santiago Buitrago, Thibaud Gruel, Eddie Dunbar, Alex Segaert, Marco Frigo e Jake Stewart. Jasper Philipsen e mais alguns ciclistas ainda tentaram fazer a ponte mas sem sucesso, a diferença já era muito grande.
A vitória estava na frente, a diferença foi aumentando e na contagem de montanha de segunda categoria, a 118 quilómetros do fim, isolavam-se Vine e Louis Vervaeke. Este duo chegou a ter quase 3 minutos de vantagem para os perseguidores, mas a Lidl-Trek tinha tudo sob controlo, começando a reduzir a diferença quando assim entendeu. A 34 quilómetros do fim, a corrida começou a animar, passagem pelo sprint intermédio e os primeiros ataques, com Pedersen, Bernal, Buitrago, Aular, Sheffield, Dunbar e Frigo a destacarem-se. A junção entre os dois grupos fez-se a apenas 7 quilómetros do fim e depois começou o entreolhar no grupo.
Vários ataques mas com Pedersen sempre a responder e a fechar o espaço. Já no quilómetro final, a 500 metros do fim, Frigo tentou surpreender mas Pedersen respondeu de imediato e, depois da última curva, a 250 metros, arrancou. Com facilidade, Pedersen conquistou a vitória, um triunfo que tanto procurava à frente de Aular e Frigo. A 21 segundos chegou o grupo de Ivo Oliveira, ficando em 11°. O pelotão chegou tranquilo, a mais de 13 minutos, com Vingegaard a manter os 48 segundos de vantagem para João Almeida.