Mais uma equipa do World Tour que chega ao fim, desta vez a Arkéa – B&B Hotels. Desde cedo que se sabia que os patrocinadores iriam sair e Emmanuel Hubert não conseguiu arranjar novos investidores, depois de mais uma temporada para esquecer, onde se provou que o plantel era fraco.

 

Os dados

Vitórias: 9 triunfos, todos conseguidos em França e em provas 2.1.

Ciclista mais vitorioso: Kevin Vauquelin venceu por 5 vezes, conseguindo mais de metade dos triunfos da equipa.

Dias de competição da equipa: 274 dias de competição, uma calendário à base das competições na Europa, apesar da situação difícil não tentaram provas na Ásia.

Idade média do plantel: Com 27,4 anos, uma formação bastante veterana, não obstante a presença de muita juventude vinda a equipa de desenvolvimento.

Mais kms: o combativo Matis le Berre foi o único a passar os 12 000 kms.

Melhor vitória: a conquista da geral da Etoile de Besseges por intermédio de Kevin Vauquelin, uma prova sempre importante na abertura da temporada.




O mais

No meio de resultados tão fracos, Kevin Vauquelin assumiu-se como o grande líder e continuou a sua evolução. Quase ninguém esperava a temporada que realizou, longe de ser um trepador mas conseguiu terminar o Tour em 7º, isto depois de ter ganho a Etoile de Besseges (e 2 etapas), Région Pays de la Loire Tour (e 1 etapa), 2º na Volta a Suíça, Fleche Wallonne e Nacionais de contra-relógio e 3º na prova de estrada dos Nacionais. Só não competiu mais porque, após o Tour lesionou-se, senão teria sido ainda melhor.

Aos 32 anos, Clement Venturini mostrou que continua a ser um ciclista fiável, prova disso é a conquista da Taça de França. Para tal, e apesar de não ter conseguido nenhuma vitória, somou 13 top-10 e mais de 700 pontos UCI. Depois apareceram alguns jovens vindo da equipa de desenvolvimento, com destaque para os trepadores Embret Svestad-Bårdseng e Martin Tjotta e o espanhol Raul Garcia Pierna, foram somando alguns top-10, para a qualidade destes é bastante positivo.

 

O menos

Cristian Rodriguez era o principal trepador da equipa, vinha de anos positivos mas não conseguiu manter o nível. Sabemos que não irá passar disto, um ciclista regular, mas com o calendário certo poderia destacar-se e nem isso conseguiu. Terminou o ano com uma vitória numa clássica francesa e nenhum top-10 em classificações gerais, em teoria o seu ponto forte. Ewen Costiou apareceu em duas provas do calendário francês mas a expectativa era maior, não deu o salto dentro de um plantel onde tinha espaço para isso.

Depois temos os sprinters da equipa … uma completa desilusão. De Arnaud Demare já não se podia esperar muito, os últimos anos não foram famosos, portanto vamos destacar as más épocas de Jenthe Biermans, Luca Mozzato e Amaury Capiot, 3 ciclistas capazes de bons resultados devido à sua polivalência e boa ponta final mas que juntos não somaram mais de 1000 pontos UCI. Também foi por causa destes corredores que o rendimento geral da equipa foi muito fraco, os líderes não corresponderam.




O que esperar em 2026?

O fim da Arkea – B&B Hotels é mais um duro revés para o ciclismo francês. Desde que subiu ao World Tour, a equipa francesa nunca mostrou pertencer a este nível, os resultados foram sempre fracos, mostrando que era uma ProTeam disfarçada de World Tour. Talvez tenha dado um passo maior que a perna e isso veio a ser fatal para o desfecho final. Algumas contratações também não ajudaram, houve investimento forte mas, por vezes, em ciclistas pagos a peso de ouro e que já estavam em fase descendente da carreira.

Relativamente ao plantel de 2025, para a próxima época ainda há 8 ciclistas sem equipa, com o destaque a ser Clement Venturini, um ciclista sempre fiável e capaz de bons resultados e somar muitos pontos UCI ao longo de todo o ano.

 

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