2025 marcou o fim de uma era. A Intermarché-Wanty chega ao seu fim, depois de uma temporada para esquecer, onde foi a pior equipa do World Tour. Segue-se a fusão com outra equipa belga que muito já deu que falar.
Os dados
Vitórias: 4 triunfos, todos em provas 2.1 ou inferior, muito pouco.
Ciclista mais vitorioso: Georg Zimmermann foi o único ciclista a conseguir repetir vitórias, assinalável já que foram apenas 4.
Dias de competição da equipa: 282 dias de competição, um calendário muito extenso mas nem isso valeu para a equipa belga conseguir bons resultados.
Idade média do plantel: Com 27,7 anos, uma das equipas mais veteranas do pelotão internacional.
Mais kms: o belga Vito Breat fez mais de 12 800 kms, em 78 dias de competição.
Melhor vitória: a conquista da classificação geral do Giro d’Abruzzo por intermédio de Georg Zimmermann, após uma semana onde se mostrou muito combativo.
O mais
Louis Barré foi uma das revelações da temporada, no meio de tanto fracasso, o trepador francês conseguiu destacar-se e conseguir resultados bastante interessantes: 3º na Paris-Camembert, 6º na Amstel Gold Race, GP Montreal, GP Industria, Classic Var, 8º no Trofeo Laigueglia e Giro dell’Appennino e 10º no Tour des Alpes-Maritimes. Não foi consistente ao longo do ano mas surpreendeu. Entreos corredores completos, Georg Zimmermann conseguiu duas vitórias de grande nível, apareceu a espaços mostrando a sua combatividade.
Os sprinters da Intermarché-Wanty tiveram um ano para esquecer, só Arne Marit conseguiu algum destaque, 12 top-10 mas vitórias não apareceram, algo que o belga também não consegue de forma regular. Huub Artz estreou-se entre os profissionais com muita combatividade e bons resultados no geral, destacando-se o 7º na Volta a Noruega. Laurenz Rex é capaz de mais e melhor, mas foi 10º no Paris-Roubaix e Gent-Wevelgem, 8º na Brugge-De Panne, tentou assumir nas clássicas.
O menos
Que temporada para esquecer por parte de Biniam Girmay. O eritreu era a grande figura da equipa, vinha de um 2024 incrível e termina o ano … sem vitórias. Por incrível que pareça ainda foi o ciclista que somou mais pontos UCI, fruto dos 20 top-10 alcançados mas para um ciclista desta qualidade é preciso muito mais, teve um rendimento uns furos abaixo.
Não foi o único, se fossemos rever toda a temporada e plantel da Intermarché teríamos uma lista muito extensa e, desta forma, vamos destacar mais 3 nomes, alguns dos principais líderes. Gerben Thijssen era o segundo sprinter da equipa, não venceu e conseguiu apenas 7 top-10, perdeu muita dusa capacidade de posicionamento. Hugo Page nunca foi um ciclista ganhador mas todos os anos picava o ponto e, devido à sua polivalência sempre foi muito regular, algo que não se verificou, apenas 200 pontos UCI. Por fim, alguém se lembra de Lorenzo Rota? Uma das figuras de destaque nas clássicas do circuito europeu, desapareceu por completo, apenas um top-10 e foi logo no primeiro dia de competição … na Figueira da Foz.
O que esperar em 2026?
A Intermarché-Wanty chega ao fim, após a fusão com a Lotto. Alguns ciclistas vão fazer a transição de equipas mas este será um capítulo que será alvo de análise quando surgir o momento de falar da Lotto.