A única estreia no nosso ranking! Pela primeira vez, a Unibet Tietema Rockets colocou-se entre as melhores equipas fruto de uma grande temporada de um líder inesperado, o eslovaco Lukas Kubis. 2026 traz mais responsabilidades, com a contratação de figuras importantes dentro do pelotão internacional a piscar o olho ao Tour de France.

 

Os dados

Vitórias: apenas 5 triunfos, longe de ser uma equipa ganhadora.

Ciclista mais vitorioso: Lukas Kubis foi o único ciclista capaz de repetir triunfos durante a temporada.

Dias de competição da equipa: 206 dias de competição, um calendário extenso em busca dos importantes pontos UCI.

Idade média do plantel: Com 26,8 anos, uma equipa com misto de juventude e experiência (mas apenas 3 ciclistas acima dos 30 anos).

Mais kms: Andreas Stokbro foi o maratonista da equipa, praticamente nos 12 000 kms.

Melhor vitória: não foi a melhor em termos de ranking, mas face à concorrência que sempre existe na Taça de França, o triunfo de Lander Loock na Paris-Camembert à frente de … Paul Seixas.




O mais

Lukas Kubis estreou-se no 2º escalão do ciclismo e logo em grande! O eslovaco foi um poço de regularidade e, apesar de ter apenas 2 vitórias, conseguiu mais de 3 dezenas de top-10, entre chegadas ao sprint, clássicas acidentadas e classificações gerais. Kubis afirmou-se como o grande líder da Unibet em vários tipos de terreno, que temporada! Somou praticamente 1200 pontos UCI.

Sem um grande trepador, os homens de montanha da equipa francesa tiveram as suas oportunidades e acabaram a cumprir. Adrian Maire, Giovanni Carboni e Odd Christian Eiking foram dividindo as lideranças, até chegaram a competir juntos e, quando a estrada inclinava lá estava pelo menos um a representar a equipa. Entre os 3 conseguiram mais de uma dezena de top-10 em classificações gerais.

 

O menos

No cômputo geral, a equipa esteve a um muito bom nível, não há muito a apontar pela negativa. Talvez na relação resultados vs expectativas a situação já seja diferente e aí podemos apontar 2 nomes. Lander Loockx até conseguiu uma vitória e andou bem no mês de Abril mas a partir daí esteve mais discreto, sem nenhum resultado de relevo em provas que até se adaptavam às suas características. Davide Bomboi era um dos sprinters da equipa e, apesar de vencer ser complicado, conseguiu apenas 7 top-10 (incluindo 3 no menos cotado Tour of Taiwan).




O mercado

Entradas Saídas
Ciclista Equipa de origem Ciclista Equipa de destino
Ronan Augé CIC – U – Nantes Davide Bomboi ?
Karsten Larsen Feldmann Team Coop – Repsol Martijn Budding Reforma
Eivind Broholt Fougner Team Coop – Repsol Giovanni Carboni Suspenso pela UCI
Dylan Groenewegen Team Jayco AlUla Axel Huens Groupama – FDJ United
Matyáš Kopecky Team Novo Nordisk Baptiste Huyet ?
Victor Lafay Decathlon AG2R La Mondiale Team Kevin Inkelaar ?
Niklas Larsen BHS – PL Beton Bornholm Zeb Kyffin Terengganu Cycling Team
Tobias Muller Wanty – Nippo – ReUz Sebastian Nielsen Team ColoQuick
Jannis Peter Team Vorarlberg Charles Paige Bourg-en-Bresse Ain Cyclisme
Wout Poels XDS Astana Team Andreas Stokbro ?
Elmar Reinders Team Jayco AlUla
Colin Savioz Charvieu Chavagneux Isère Cyclisme
Rory Townsend Q36.5 Pro Cycling Team

Revolução total! 10 saídas, 13 entradas e mais de um terço do plantel alterado algo que faz sentido uma vez que a Unibet Rose Rockets tem, agora, um novo estatuto, e precisa de continuar a sua evolução. A equipa sai reforçada deste mercado de transferências, das saídas apenas Axel Huens era um ciclista importante e que se estava a afirmar na montanha.

Olhando para as entradas, há chegadas importantes de Dylan Groenewegen e Wout Poels, dois neerlandeses muito experientes, longe dos tempos áureos mas que serão muito importantes para garantir convites e ainda podem garantir resultados. Dos restantes nomes gostava de destacar Matyáš Kopecky, um sprinter muito completo, ao nível de Lukas Kubis, será importante no calendário europeu e pode somar bastantes pontos. Victor Lafay procurou um ambiente mais familiar e isso será fundamental para o francês não ter tanta pressão e procurar os bons resultados, todos sabemos que ainda tem qualidade, não consegue é lidar com a pressão.

Muita atenção a Niklas Larsen, o dinamarquês tem um motor impressionante, foi medalhado de bronze na prova de contra-relógio dos Europeus, e regressa ao nível que lhe é devido. Terminamos com Tobias Muller, sprinter de 21 anos, tem muito potencial e o facto de vir a ser treinado por Marcel Kittel pode levar a grandes resultados.




O que esperar em 2026?

Após a estreia no top-30 e com o reforço do plantel esperamos um ano ainda melhor, com melhores resultados no geral e mais vitórias. Conseguiram manter as principais figuras, especialmente Lukas Kubis, será interessante seguir o eslovaco nas clássicas em 2026. Depois há Dylan Groenewegen para os sprints, o neerlandês tem que fazer mais que este ano, num ambiente novo estará motivado, talvez até faça mais provas “alternativas” para maximizar os resultados. Como referi anteriormente, Matyas Kopecky é outro nome interessante para a velocidade.

Wout Poels já passou os tempos áureos, mas em dias específicos ocntinua a ser muito perigoso, a experiência será fundamental. Para uma maior regularidade ao longo do ano, não a disputar as principais gerais mas de provas do circuito europeu, há Odd Christian Eiking, Adrian Maire e vamos ver que versão temos de Victor Lafay, pode ser uma das contratações da temporada.

 

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