Temporada positiva da Team Polti VisitMalta, apesar das poucas vitórias os seus líderes apresentaram bom rendimento ao longo da temporada e isso valeu-lhes a manutenção dentro do top 30.
Os dados
Vitórias: apenas 6 triunfos, e só um deles conseguido em provas do nível Pro Series.
Ciclista mais vitorioso: Giovanni Lonardi foi o único corredor a conseguir obter mais que um triunfo, terminando a época com 2.
Dias de competição da equipa: 183 dias de competição, num calendário baseado nas provas europeias e com raras incursões à Ásia.
Idade média do plantel: Com 26,7 anos, uma nédia inflacionada pelos dois trintões (33 para Alessandro Tonelli e 34 para Mirco Maestri).
Mais kms: o combativo Andrea Pietrobon com praticamente 12 000 kms.
Melhor vitória: Manuel Peñalver, ao sprint, venceu a primeira etapa do Tour of Qinghai Lake, a única vitória em provas Pro Series.
O mais
Uma ProTeam com um plantel modesto, relativamente curto e com 3 vectores de liderança. Na montanha o talentoso Davide Piganzoli esteve o ano quase todo a andar com os melhores, sem alcançar aquele grande resultado de destaque, ainda assim fez mais de 700 pontos UCI. Foi 14º no Giro, 2º na Route d’Occitanie, 3º no G.P. Industria, 2º no Gran Camino, esteve a época quase toda a mostrar que tinha nível para estar no World Tour e assim será.
Manuel Peñalver esteve em melhor plano face a 2024, quando foi contratado à Burgos-BH, o sprinter espanhol conseguiu vários pódios principalmente em corridas asiáticas e graças a isso fez mais de 200 pontos UCI. O melhor sprinter da equipa foi Giovanni Lonardi, finalizando o ano com 2 vitórias e 12 pódios, estando em particular destaque no final da temporada, e mais impressionou pelo facto de ter terminado o ano com estes dados a correr na Europa.
O menos
Com este plantel creio sinceramente que não houve grandes desilusões, principalmente quando vemos que houve 3 líderes claros e muitas vezes a equipa esteve apostada em chegadas ao sprint e no respectivo comboio ou em ajudar Piganzoli na montanha. Mattia Bais esteve num plano inferior face a 2024 e talvez esperasse mais da evolução dos jovens espanhóis Francisco Munoz e Diego Pablo Sevilla.
O mercado
| Entradas | Saídas | |||
| Ciclista | Equipa de origem | Ciclista | Equipa de destino | |
| Dario Igor Belletta | Team Visma | Lease a Bike Development | Davide de Cassan | ? | |
| Adrián Benito | Extremadura – Pebetero | Alex Martin | Illes Balears Arabay | |
| Gabriele Bessega | Biesse – Carrera – Premac | Davide Piganzoli | Team Visma | Lease a Bike | |
| Tommaso Bessega | Biesse – Carrera – Premac | Samuele Zoccarato | MBH Bank CSB Ballan | |
| Fabrizio Crozzolo | Technosylva Maglia Bembibre | |||
| Dario Giuliano | Caja Rural – Alea | |||
| Andrea Mifsud | Nice Métropole Côte d’Azur | |||
| Thomas Pesenti | Soudal Quick-Step Devo Team | |||
A saída de Davide Piganzoli tem um peso muito grande e tem tudo para ser impactante, principalmente porque não há um substituto directo, a equipa tenta ir aos escalões mais jovens precisamente ir “buscar” um Piganzoli.
Thomas Pesenti é um ciclista enigmático, fez uma grande época na Ukyo em 2024 a correr pela equipa japonesa, pertenceu à equipa de desenvolvimento da Soudal em 2025, fez 3º nos Nacionais pelo meio e tem 26 anos, pode ser um corredor capaz de bons resultados nas clássicas italianas. Depois nenhum dos sub-23 tem resultados incríveis no escalão, Crozzolo, Giuliano e Benito vêm de correr em Espanha, os restantes competiram em Itália, mas internacionalmente ainda não pegaram de estaca.
O que esperar em 2026?
O facto de conseguirem conservar Lonardi e Peñalver no seio da equipa dá garantias de alguns pódios em corridas até relevantes e de continuarem a somar bastantes pontos UCI. Não havendo ninguém directamente para o lugar de Piganzoli veremos se alguém aproveita a oportunidade. Estou a olhar para Ludovico Crescioli, vencedor de etapa na Volta a França do Futuro em 3º no Giro Valle d’Aosta em 2024, 8º na Volta a Hungria este ano, é alguém que começa a aparecer e tem margem para evoluir. German Dario Gomez é outra opção, foi este ano 6º na Volta a Turquia, alguém que foi 4º no Baby Giro enquanto sub-23, resta saber se conseguem potenciar o colombiano. No entanto, sem os pontos de Piganzoli, podem cair no ranking.