Todos os rumores da imprensa colombiana apontavam para que a conferência de imprensa convocada por Nairo Quintana para esta Quarta-Feira fosse para comunicar o final da carreira como ciclista profissional, depois de ter ficado sem equipa para 2023 na sequência de ter acusado Tramadol num controlo feito durante o Tour em 2022. Falámos desses rumores e da carreira de Quintana aqui, há 2 dias.

Só que o colombiano de 32 anos, antigo ciclista da Movistar e da Arkea-Samsic trocou as voltas a quem pensava isso e usou toda a atenção da imprensa para dar a cara, dizer que é um ciclista honesto e que não vai desistir, vai continuar a lutar. “Vou continuar a lutar para correr, para ficar na bicicleta enquanto a minha cabeça e as minhas pernas o permitirem.” Quintana confirmou ainda que não tem equipa para 2023 e que continua à procura. O antigo campeão do Giro e da Vuelta provou várias vezes que não é corredor de desistir, completou 16 das 17 Grandes Voltas não obstante algumas quedas e mesmo quando já tinha o objectivo principal perdido ou tinha uma quebra grande, atacava dos dias seguintes.




Pelas palavras de Quintana deduz-se que completamente fora de questão está a Team Medellin, ele quer é correr contra os melhores, no World Tour, e se possível fazer Grandes Voltas. Ultimamente falava-se que poderia ser uma contratação de Team Corratec, que subiu este ano ao segundo escalão do ciclismo e que foi convidada para o Giro. No entanto, nos últimos meses também se colocou em cima da mesa a hipótese da Team Astana (que entretanto apostou em Mark Cavendish) e na Alpecin-Deceuninck (para substituir Jay Vine, mas que entretanto já tem o plantel completo).

Fazendo uma análise mais global sobre destinos prováveis ou possíveis, no World Tour mais de metade das equipas já tem os 30 ciclistas que o regulamento impõe como número máximo de corredores, das que não têm talvez Bahrain-Victorious e Ag2r Citroen sejam as mais plausíveis. Destas 2 a que mais precisa de Quintana é a Ag2r, que não tem uma real alternativa a Ben O’Connor na alta montanha. No escalão abaixo há muitas vagas, o problema é haver dinheiro e aquelas que mais poderio e calendário têm poderão ver com melhores olhos a contratação de Pozzovivo. A alternativa aqui seria a TotalEnergies porque se a estrutura gaulesa quer subir ao World Tour daqui a 3 anos precisa de somar muitos pontos e um possível top 10 numa Grande Volta e em provas de 1 semana, mais resultados em etapas dão muitos pontos no ranking.

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