Mais um dia complicado no Tirreno-Adriático. Para além do mau tempo, nova etapa com larga quilometragem e com uma primeira metade bastante dura, com duas subidas muito longas. Os primeiros 50 quilómetro foram muito rápidos, com diversos ataques e foi no vale que ligava as duas subidas que se formou a fuga do dia constituída por Jorge Arcas, Gijs Leemreize, William Levy, Mirco Maestri e Jonas Rutsch. Este trio passou a etapa toda na frente, alheio ao caos que se passou no pelotão.
Se na subida alguns sprinters como Jonathan Milan e Dylan Groenewegen ficaram para trás, no planalto que antecedeu a descida aconteceram inesperadas bordures! Pelotão completamente fraturado em pequenos grupos, com Derek Gee, Mikel Landa e Simon Yates a serem os principais prejudicados. Numa longa perseguição, este grupo conseguiu voltar ao pelotão a apenas 15 quilómetros do fim, já depois do pelotão também se ter fraturado quando Filippo Ganna tentou fazer estragos, numa movimentação que durou alguns quilómetros.
A 5 quilómetros do fim, ainda com a fuga na frente, surgia uma pequena colina onde Mathieu van der Poel testou a bem testar o grupo. Forte ataque do antigo campeão do Mundo com Filippo Ganna a ser forçado a fechar o espaço. No contra-ataque saiu Ben Healy, uma mexida que serviu para apanhar a fuga do dia, onde restaram apenas Levy e Maestri. No pelotão, e apenas com Laurens de Plus, a INEOS Grenadiers não tinha força suficiente para anular a fuga e, mesmo com uma vantagem curta, os fugitivos sonhavam com o triunfo muito por culpa do trabalho de Healy.
A Soudal QuickStep conseguiu fechar o espaço nos últimos 450 metros, Maestri ainda lançou o sprint de muito longe mas já não tinha forças ao contrário de Olav Kooij! Escondido durante todo o dia, sem ninguém dar por ele, o jovem neerlandês pedalou para um triunfo autoritário à frente de Rick Pluimers e Mathieu van der Poel. Filippo Ganna foi 7º e mantém a liderança do Tirreno-Adriático.