Italy's Riccardo Ricco (R) celebrates as he crosses the finish line after the eighth stage of the Giro d'Italia cycling race 209-km from Rivisondoli to Tivoli May 17, 2008. REUTERS/Giampiero Sposito (ITALY)

Riccardo Riccò foi alguém que apareceu no ciclismo bastante novo. Com apenas 22 anos, assinava pela Saunier Duval e, após uma temporada de 2006 mais discreta, em 2007 saltou para a ribalta do ciclismo. Vencedor de etapas no Tour de San Luis, Tirreno-Adriático, Settimana Internazionale Coppi e Bartali e Giro d’Itália, onde acabou em 6º, para além de top-5 no Giro di Lombardia e La Fleche Wallone, o futuro do ciclismo transalpino parecia estar encontrado.




Em 2008, quando tudo estava a correr de feição, a desgraça caiu sobre Riccò. Foi 2º no Giro d’Italia, onde venceu duas etapas, perdendo apenas para Alberto Contador e aparecia no Tour de France como um dos outsiders. As vitórias em Super Besse e Bagneres de Bigorre colocavam o italiano de 23 anos na luta mas, ao 10º dia, surgiam as piores notícias. O corredor da Saunier Duval testava positiva para CERA e era suspenso por 20 meses.

Regressa em 2010, pela mão da Ceramica Flaminia, mas os grandes resultados (vitória na Volta a Áustria e 2º no Giro del Trentino e Settimana Ciclista Lombarda), valeram um contrato com a Vacansoleil, equipa onde foi a tempo de vencer a Coppa Sabatini.




Até aqui tudo normal, mas logo a abrir 2011, Riccò foi despedido pela equipa holandesa. E porquê? Exatamente, novamente o doping. O italiano foi parar ao hospital porque estava com a sepsis e o rim em falência, devido a complicações com uma transfusão feita por si que envolvia sangue que tinha guardado no frigorífico há cerca de um mês. Conclusão: nova suspensão, agora de 12 anos.
Como diz o ditado, não há duas sem três e, mesmo estando suspenso, “Il Cobra”, como era conhecido no mundo do ciclismo, voltou a “atacar”. Em 2015, o transalpino foi acusado de tentar comprar EPO e testosterona depois de ter sido apanhado, em flagrante, com dois dealers pela polícia italiana, num parque de estacionamento em Livorno. Segundo consta, estas substâncias eram, alegadamente, roubadas do hospital e vendidas, diretamente, a atletas.




Mesmo estando, ainda, a cumprir a suspensão de 12 anos, que terminaria em 2024, o Tribunal Italiano de Antidoping teve a mão muito pesada e suspendeu Riccò para toda a vida, não podendo competir mais no ciclismo de estrada. Atualmente com 37 anos, Riccardo Riccò é um vendedor de gelados, tendo o seu próprio negócio, numa primeira fase em Tenerife e agora, em Itália.

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