Riccardo Riccò foi alguém que apareceu no ciclismo bastante novo. Com apenas 22 anos, assinava pela Saunier Duval e, após uma temporada de 2006 mais discreta, em 2007 saltou para a ribalta do ciclismo. Vencedor de etapas no Tour de San Luis, Tirreno-Adriático, Settimana Internazionale Coppi e Bartali e Giro d’Itália, onde acabou em 6º, para além de top-5 no Giro di Lombardia e La Fleche Wallone, o futuro do ciclismo transalpino parecia estar encontrado.
Em 2008, quando tudo estava a correr de feição, a desgraça caiu sobre Riccò. Foi 2º no Giro d’Italia, onde venceu duas etapas, perdendo apenas para Alberto Contador e aparecia no Tour de France como um dos outsiders. As vitórias em Super Besse e Bagneres de Bigorre colocavam o italiano de 23 anos na luta mas, ao 10º dia, surgiam as piores notícias. O corredor da Saunier Duval testava positiva para CERA e era suspenso por 20 meses.
Regressa em 2010, pela mão da Ceramica Flaminia, mas os grandes resultados (vitória na Volta a Áustria e 2º no Giro del Trentino e Settimana Ciclista Lombarda), valeram um contrato com a Vacansoleil, equipa onde foi a tempo de vencer a Coppa Sabatini.
Mesmo estando, ainda, a cumprir a suspensão de 12 anos, que terminaria em 2024, o Tribunal Italiano de Antidoping teve a mão muito pesada e suspendeu Riccò para toda a vida, não podendo competir mais no ciclismo de estrada. Atualmente com 37 anos, Riccardo Riccò é um vendedor de gelados, tendo o seu próprio negócio, numa primeira fase em Tenerife e agora, em Itália.