Uma etapa curto é sinónimo de ataques desde cedo e foi isso que aconteceu. Na primeira subida do dia, ainda nos primeiros quilómetros, Simon Yates foi dos primeiros a atacar, levando a resposta de Richard Carapaz, Primoz Roglic e todos os restantes favoritos. O grupo estava muito reduzido e surgiu um momento de acalmia que levou a ataques de outras figuras.



Na descida de Verrayes, Damiano Caruso e Pello Bilbao chegaram a ter uma pequena vantagem, mas não foram longe. O pelotão diminui o ritmo e, finalmente, formou-se a fuga, já com mais de 25 quilómetros percorridos. Estavam na frente Lucas Hamilton, Chris Juul-Jensen, Fausto Masnada, Mattia Cattaneo, Giulio Ciccone, Andrey Amador, Ivan Sosa e Hugh Carthy. Visto que a UAE Team Emirates pouco trabalhava, a Team Jumbo-Visma apareceu, não deixando a fuga ganhar mais de 3 minutos.

Na subida de Verogne, as movimentações começaram a surgir no pelotão, com Tony Gallopin e Hubert Dupont primeiro, Ion Izaguirre e Damiano Caruso depois a fazerem a ponte para a frente. No pelotão tudo se manteve inalterado até ao Colle San Carlo, já dentro dos 35 quilómetros finais.

Se foi a Jumbo-Visma a entrar na frente da duríssima subida, a Bahrain-Merida decidiu aparecer na frente quando surgiram as rampas mais duras, o que levou ao ataque de Vincenzo Nibali a 33 quilómetros do fim. O ataque do Tubarão desfez, por completo, o grupo, ficando cerca de 15 elementos no grupo, onde não estavam nomes como Ilnur Zakarin, Simon Yates e Bauke Mollema. Na frente, a fuga estava a apenas 30 segundos, e tinha apenas Ciccone, Sosa e Cattaneo.



Pouco depois, foi a vez de Miguel Angel Lopez a testar as pernas, partindo ainda mais o grupo, deixando apenas Caruso, Nibali, Roglic, Carapaz e Landa, só que o ritmo voltou a baixar e os que tinham sentido dificuldades voltaram a reentrar. Na frente, Ciccone atacava e ficava sozinho, somente com 17 segundos.

Seguiram-se algumas tentativas de ataque de Lopez e Nibali, o que levaram Ciccone a ser apanhado. Aí, voltou a aparecer Caruso para impor o ritmo na frente do grupo. A 3 quilómetros do final da subida, Richard Carapaz atacou, sem resposta pronta dos rivais. O equatoriano ganhou, de pronto, alguma vantagem, o que levou Nibali, Roglic, Landa e Lopez a voltar a distanciarem-se dos restantes.



A descida iniciou-se com Carapaz a ter 30 segundos de vantagem para o grupo perseguidor, onde já estava Rafal Majka. O ciclista da Movistar aguentou-se toda a descida, entrou com a mesma vantagem na subida final e aí começou a aumentar pois o grupo diminuiu a velocidade, permitindo a entrada de Simon Yates, Joe Dombrowski e Damiano Caruso. Com isto, Caparaz foi ganhando segundos atrás de segundos.

Os segundos transformaram-se em quase 2 minutos, com o equatoriano a conseguir a segunda vitória no Giro 2019, cruzando a linha de meta com 1:30 de vantagem para Simon Yates, que tinha atacado no grupo perseguidor, e 1:58 para o grupo perseguidor onde Nibali foi 3º, somando 4 segundos de bonificação. Na classificação geral, Richard Carapaz é o novo camisola rosa, com 7 segundos de vantagem para Primoz Roglic, que continua em 2º, e 1:47 para Vincenzo Nibali.





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