Depois de uma jornada na montanha os homens rápidos terão mais uma oportunidade de brilhar, numa chegada que apresenta algumas armadilhas.
Percurso
Depois do primeiro grande teste na montanha os sprinters olharão novamente com bons olhos para a jornada de amanhã. Entre Gap e Privas não há dificuldades de maior, apesar do final apresentar algumas armadilhas. A contagem de 4ª categoria (3,5 kms a 3,4%) a 15 kms da meta pode ser vista como uma oportunidade de endurecer a corrida e antes da meta também há algumas ligeiras inclinações, a maior delas com 1200 a 3,4%. No entanto, o quilómetro final é totalmente plano.
Tácticas
O final com ligeiras colinas pode abrir o apetite a algumas equipas que tenham sprinters que passem melhor a montanha. Com a Quick-Step a ter obrigação de trabalhar por ter a amarela com Alaphilippe, mais equipas se deverão juntar à formação belga para termos um sprint final.
Favoritos
Já vimos Sam Bennett brilhar neste tipo de finais e recentemente ganhou em Burgos atacando precisamente numa colina curta e empinada e em Wallonie sobreviveu também a este tipo de terreno. Ontem ficou relativamente perto, mas expôs-se cedo ao vento.
Não serão assim tantas as possibilidades de Wout van Aert neste Tour e o belga terá este dia marcado no livro de prova. Tem um poderio impressionante e já ganhou sprints em pelotão compacto face a esta concorrência, ainda para mais quando pode chegar mais fresco ao final.
Outsiders
Este poderá ser um dia importante para Peter Sagan no que toca à camisola verde. O eslovaco tem aqui uma boa oportunidade pois chegará menos desgastado que alguns dos seus rivais e até poderemos ver a Bora-Hansgrohe a forçar o ritmo nas poucas subidas que a etapa tem para vincar isso mesmo.
O sprint de Caleb Ewan ontem impressionou bastante, o australiano também gosta de colinas curtas, mas parece-nos que na preparação trabalhou mais no sprint duro. Ainda assim ganhou muita confiança com o triunfo, precisará novamente de muita sorte para escolher a roda certa.
Depois da queda sofrida na 1ª etapa, o 3º posto de Giacomo Nizzolo ontem foi uma boa indicação por parte do novo campeão europeu. Nizzolo adapta-se perfeitamente a este tipo de terreno e terá em Edvald Boasson Hagen e Ryan Gibbons 2 elementos que também se sentem muito bem nesta orografia.
Possíveis surpresas
A Trek-Segafredo sprintou com Mads Pedersen na 1ª etapa e Edward Theuns na 3ª, agora poderá ser a vez de Jasper Stuyven visto que o sprinter belga também gosta destas chegadas. Com um bom comboio e algumas vitórias em sprints destes, Cees Bol é outro nome a ter em conta, o holandês promete muito e é ciclista de grandes triunfos. Hugo Hofstetter e Bryan Coquard estão em boa forma e com a colocação certa podem conseguir o pódio, o 4º posto do ciclista da Israel Start-Up Nation deixou-o certamente com muita confiança. Matteo Trentin já mostrou que quer lutar pela camisola verde, para conseguir esse objectivo tem de começar a fazer top 5 com mais regularidade. Vamos ver se Alexander Kristoff consegue confirmar a surpresa da 1ª etapa. Não cremos que os italianos Niccolo Bonifazio e Elia Viviani estejam na luta. Para um ataque final, este é o terreno perfeito para Matej Mohoric ou Greg van Avermaet.
Super-Jokers
Os nossos Super-Jokers são: Mads Pedersen e Clement Venturini