Após uma etapa muito animada, os sprinters voltam a ter oportunidade para brilhar! Teremos uma chegada em pelotão compacto ou voltará o vento a fazer estragos?

 

Percurso

Entre Valenciennes e Dunkerque vão distar 178,3 quilómetros naquela que é a etapa mais acessível de todo o Tour, com menos de 800 metros de desnível acumulado positivo. Falando do final, é do mais simples que existe. Longa reta entre os 4 e os 2 quilómetros para o final, curva para a direita (a última acentuada) antes do quilómetro final onde existe primeiro uma ligeira curva para a esquerda e depois para a direita mas à velocidade a que serão feitas mal se vão notar.



Táticas

O primeiro dia não calhou bem a todas as equipas dos sprinters, muitas delas foram apanhadas nos cortes do vento e amanhã vão querer “vingança”. Por falar em vento, o mesmo poderá marcar presença durante todo o dia e será cruzado na fase inicial, no entanto os últimos 60 quilómetros serão feitos com vento frontal e, como tal, a distância é muita para aguentar possíveis cortes. Desta forma, esperamos uma etapa mais calma e um grande final ao sprint com todos os grandes nomes!

 

Favoritos

Jonathan Milan está “esfomeado”! O italiano falhou ontem, hoje no sprint intermédio irritou-se com Girmay (após um movimento que não pareceu nada demais), está a precisar da vitória. Se conseguir catapultar esta fúria, será ainda melhor para si. Tem um dos melhores comboios da competição, pelo menos o mais oleado com Stuyven, Theuns e Consonni a já terem lançado o gigante italiano várias vezses para triunfos.

A confiança pode fazer milagres e Jasper Philipsen sair beneficiado com isso! O belga esteve perfeito no primeiro dia e contou com Mathieu van der Poel e Kaden Groves em grande no lançamento. O click está dado, seria perfeito ver o camisola amarela lançar o camisola verde para mais um triunfo.

 

Outsiders

Tim Merlier não tem um grande comboio mas também já demonstrou muitas vezes que não precisa, consegue surfar nas rodas dos rivais como poucos, aparecendo sempre no momento certo. A dificuldade será estar bem posicionado, com tanto comboio a querer estar na frente, mas o campeão belga sabe o que tem de fazer. Já derrotou os seus rivais mais que qualquer outro, tem de estar confiante.



Biniam Girmay tem mostrado uma ponta de velocidade que ainda não tínhamos visto esta temporada. O eritreu parece ter apontado o pico de forma para o Tour de France e está preparado para defender a camisola verde. Não terá muito apoio mas num final tão simples não se vai notar tanto.

Jordi Meeus terá de aproveitar esta oportunidade. Uma etapa acessível, um final simples e, principalmente, ter Danny van Poppel ao seu lado. O belga é um ciclista de grandes vitórias, pode não conseguir muitas, mas estas surgem sempre em competições importantes. Ter o neerlandês como lançador é sempre meio caminho para um grande resultado.

 

Possíveis surpresas

Soren Waerenskjold – foi quem atingiu a ponta de velocidade mais elevada na 1ª etapa. Um sprinter que gosta destas chegadas a grande velocidade, muito possante.

Dylan Groenewegen – longe de um grande momento de forma e de confiança, tem tudo uma temporada muito discreta. A experiência joga a seu favor, terá de ter um dia perfeito.

Alberto Dainese – muito rápido, pode aparecer quando menos se espera, é assim que tem acontecido quase sempre na sua carreira. Seria uma vitória importante para si e para a Tudor.

Pascal Ackermann – no 1º dia tentou surpreender com um sprint muito longo mas rapidamente ficou sem pernas. Sabe que em luta direta dificilmente tem hipóteses, deve adotar uma estratégia semelhante.

Paul Penhoët – já com um top 10, o jovem francês até preferiria um dia mais duro. Sprinter bastante regular, vai voltar a estar entre os melhores.



Phil Bauhaus – dos mais regulares. O alemão nem é de vencer muito mas está sempre na discussão, coloca-se sempre bem mesmo quando tem pouco apoio.

Pavel Bittner – ainda muito jovem, o checo tentará estar na luta por um top 10, já seria um resultado interessante face à qualidade de sprinters presentes.

Arnaud Démare – longe vão os tempos áureos e não tem um comboio de grande confiança para o guiar. Está numa Arkea a precisar de resultados, quererá mostrar-se a todo o custo.

Arnaud de Lie – nem quando está em boa forma este é um final ao jeito do belga. É provável que acabe por se perder no meio da confusão, é um dos seus calcanhares de Aquiles.

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Emiliene Jeannière e Bryan Coquard.

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