A longa primeira semana do Tour termina com a aguardada etapa da gravilha. 14 setores de terra que pode provocar o pânico entre os favoritos. A etapa joga-se em várias frentes, promete espetáculo

 

Percurso

Praticamente 200 quilómetros, numa etapa realizada em torno de Troyes. 14 setores de gravilha e 4 contagens de montanha de 4ª categoria no menu do dia. Elencando os setores de gravilha, temos o seguinte:

  1. Bligny à Bergères (+, 2000 m, Km 49.3)
  2. Baroville (+++, 900 m, Km 67.7)
  3. Hautes Forêts (++, 1400 m, Km 97.9)
  4. Polisy à Celles-sur-Ource (+++, 3300 m, Km 108.5)
  5. Loches-sur-Ource à Chacenay (+++, 4600 m, Km 123.1)
  6. Plateau de la Côte des Bar (+, 2200 m, Km 134.1)
  7. Thieffrain à Magnant (últimos 600 m a 6,7%) (+++, 4000 m, Km 144.8)
  8. Briel-sur-Barse (+, 2200 m, Km 154.1)
  9. Ru du Paradis (+, 1100 m, Km 167.0)
  10. Fresnoy-le-Château à Clérey (+, 1900 m, Km 170.9)
  11. Verrières (+, 1800 m, Km 176.7)
  12. Daudes (+, 1900 m, Km 180.0)
  13. Montaulin à Rouilly-Saint-Loup (++, 2200 m, Km 184.6)
  14. Saint-Parres-aux-Tertres (++, 3000 m, Km 192.4)

Os últimos 5 setores ficam separados por apenas 25 quilómetros, estando situados entre 32 e 6,5 quilómetros para a chegada, altura em que a corrida se pode decidir.




Táticas

Esta será uma etapa que será jogada em várias frentes. Dia de muito caos, nervosismo e luta intensa pelo posicionamento. Não só a luta pela etapa estará em jogo, mas também a luta pela classificação geral, amanhã pode ser um dia em que se pode perder tempo importante. Teremos equipas que irão correr para a etapa, como a Alpecin-Deceuninck, Lidl-Trek, Bahrain-Victorious e EF Education e as equipas dos homens da geral.

Aí, temos que destacar a UAE Team Emirates, tem dois ciclistas muito forte para preparar o endurecimento de corrida para Tadej Pogacar. O esloveno é um ciclista muito ofensivo, mas não acreditamos que o faça antes dos últimos 5 setores, só se sentir fraqueza nos seus rivais. Os últimos setores não são os mais duros só que o desgaste acumulado pode ser fatal para alguns e as forças podem faltar para quem quiser responder a possíveis ataques.

 

Favoritos

Mathieu van der Poel tem estado bastante discreto durante todo o Tour, amanhã é dia de aparecer. O campeão do Mundo selecionou as suas etapas e esta tem de ser uma delas. Um dos melhores do Mundo a manobrar a bicicleta, este tipo de estradas não o irão prejudicar, muito pelo contrário. Não ficará “amarrado” a ninguém da geral, só o beneficia. Pode vencer em diversos cenários mas acreditamos que prefere dar espetáculo e chegar sozinho.



O campeão do Mundo de gravel Matej Mohoric deve ter esta etapa debaixo de olhos há muito. O esloveno é ciclista de grandes vitórias e raramente falha nos principais objetivos. Tem estado muito discreto, pensando nesta etapa onde é preciso ter muita energia para sobreviver a todas as dificuldades.

 

Outsiders

Por falar em campeões de gravel, Jasper Stuyven é o campeão da Europa. O belga está numa Lidl-Trek desfalcada de Mads Pedersen, pelo que tem a liberdade total para procurar o seu resultado. Muitas experiente, Stuyven já anda à procura de uma grande vitória há bastante tempo e esta é e tá para ideal para eu fazer. Apesar de ter um bom sprint raramente de espera pelo final.

A Movistar costuma dar liberdade aos seus ciclistas, amanhã é dia para Oier Lazkano. O antigo campeão espanhol tem tudo o que é necessário para triunfar neste tipo de jornada ciclista possante muito combativo e que não tem medo de arriscar de longe. O espanhol já venceu uma clássica com gravilha este ano conseguir a repetir o feito agora numa prova mais importante?




Tadej Pogacar tem aqui um dia importante. Já vencedor da Strade Bianche, o esloveno adapta-se muito bem a este tipo de terreno e sabe que é uma etapa onde pode voltar a ganhar tempo aos seus rivais. Tem de aproveitar todas as oportunidades e, apesar da UAE Team Emirates ter muitos ciclistas protegidos, Nils Politt e Tim Wellens são exímios neste terreno. Num grupo reduzido ou isolado, Pogacar pode vencer de várias formas.

 

Possíveis surpresas

Tom Pidcock está numa INEOS com um líder para a geral no entanto o britânico é um ciclista irreverente e que deve ter liberdade para tal, tem estado para isso dentro da equipa. Dentro dos sprinters, Arnaud de Lie e Biniam Girmay são aqueles que melhor se adaptam a este tipo de etapas. Mais que homens rápidos, estes são ciclistas que adoram fazer as clássicas da Primavera, o que faz lembrar este tipo de tirada. Vão sofrer muitos ataques, terão que sofrer. Em teoria, Jasper Philipsen também é um forte candidato a esta etapa. Neste momento, o belga é mais que um sprinter, talvez seja por isso que tenha perdido alguma ponta final e não esteja a dominar da mesma forma. Maxim Van Gils é uma opção atacante dentro da Lotto Dstny, o belga deu um enorme salto qualitativo este ano.




Será que Wout Van Aert vai ter liberdade? Será que o belga vai ter capacidade para vencer? Van Aert é uma grande incógnita neste momento, tanto pode vencer a etapa como passar completamente ao lado, ou mesmo trabalhar para o líder Jonas Vingegaard. Amanhã é um bom dia para atestar a sua forma. Jonas Abrahamsen deverá estar bastante desgastado, mesmo assim é ciclista para amanhã estar na luta. Por fim, olho em Fred Wright, Oliver Naesen e Luca Mozzato. 

 

Super-jokers

Os nossos super-jokers são Amaury Capiot e Nils Eekhoff.

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