Etapa bastante dura no Tour e onde na teoria a fuga finalmente teria as suas chances. Nos 20 primeiros quilómetros Intermarche-Wanty e Lidl-Trek não deram qualquer hipóteses, controlaram até ao sprint intermédio onde Jonathan Milan ganhou mais alguns pontos de vantagem para Mathieu van der Poel e Biniam Girmay, com Tim Merlier novamente ausente desta luta. Seguiram-se quilómetros de muita luta e muito tensos, Quinn Simmons e Ben Healy chegaram a estar muito tempo escapados, depois a UAE conseguiu o objectivo de retirar a camisola da montanha de Tadej Pogacar com Tim Wellens a somar mais alguns pontos e finalmente Harold Tejada, Ben Healy, Quinn Simmons, Mathieu van der Poel e Will Barta ganharam uma boa vantagem perante um pelotão que estava completamente dizimado, com um grupo de sprinters já a mais de 5 minutos.

A UAE conseguiu fazer uma espécie de barragem no pelotão, só que a Visma não estava contente com a situação e queria colocar alguém à força na frente da corrida e isso voltou a animar as hostes. A diferença entre fugitivos e grupo principal era muito pouca, Simon Yates, Michael Storer e Eddie Dunbar conseguiram fazer a ponte na altura certa e finalmente a equipa de Pogacar logrou colocar um travão nos ataques, com um ritmo elevado e consistente de Nils Politt, permitindo ao mesmo tempo que a fuga ganhasse alguma vantagem.




A colaboração entre os 8 elementos na frente da corrida foi boa até que Ben Healy decidiu atacar a cerca de 40 quilómetros da meta, uma ofensiva de assinatura por parte do irlandês. Na subida seguinte lançaram-se em sua perseguição Quinn Simmons e Michael Storer, no entanto nunca tiveram capacidade para encurtar a diferença, Healy ia a voar. O poderio do corredor da EF era tanto que entrou nos quilómetros finais com mais de 2 minutos de vantagem para a concorrência que nem por isso estava a abrandar o ritmo ou a baixar os braços.

Mathieu van der Poel sentia dificuldades num dia em que o foco era recuperar a camisola amarela, na luta pelo 2º lugar na dura rampa final Quinn Simmons foi o mais forte superando Michael Storer. O ritmo no grupo principal acelerou muito na parte final, reduziram a diferença para 5:30 e na última rampa João Almeida quebrou ligeiramente e cedeu 5 segundos para os candidatos à vitória final. No meio disto tudo a camisola amarela ficou mesmo para Mathieu van der Poel, mas apenas por 1 segundo face a Tadej Pogacar, um cenário de sonho para a UAE Team Emirates, com Healy também a subir ao top 10.

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