Clássica etapa em torno de Nice para terminar mais uma edição do Paris-Nice. Dia muito curto mas muito duro e com a chuva a aparecer, dificultando, ainda mais, a vida aos ciclistas. Victor Campenaerts encarou a etapa como um verdadeiro treinon para as clássicas e, num terreno complicado para si, atacou bastante cedo. Ainda teve a companhia de Johan Jacobs e Laurence Pithie mas foi sol de pouca dura, já que rapidamente o belga ficava sozinho.



Se na frente Campenaerts fazia a corrida em solitário, atrás os ataques eram muitos, chegou a estar um grupo intermédio com Ruben Guerreiro incluído mas ninguém conseguiu fazer a ponte para a frente. O belga da Lotto-Dstny manteve-se na frente até aos 48 quilómetros para o fim, mesmo no sopé do Cote de Peille. A destacar o enorme trabalho de Mads Pedersen, a rebocar o grupo dos favoritos, onde já não estava João Almeida.

Remco Evenepoel atacou por duasvezes sem sucesso e foi mesmo à terceira que o campeão belga conseguiu partir o grupo dos favoritos. 43,3 quilómetros para o final e Evenepoel na frente com Matteo Jorgenson e, menos de 1 quilómetro depois, Aleksandr Vlasov. Este trio passou no topo com cerca de 20 segundos de vantagem para o grupo perseguidor composto por Brandon McNulty, Mattias Skjelmose, Luke Plapp, Primoz Roglic e Christian Scaroni.

Descida rapidíssima até ao Col d’Eze, onde Jorgenson somou 6 segundos de bonificação e mais uma rápida descida até ao Col des Quatre-Chemins, com o grupo perseguidor e estar a já 2 minutos da frente. Diferenças brutais feitas numa fase mais rápida da corrida, onde o grupo perseguidor cresceu, com a reentrada de nomes como João Almeida e Egan Bernal. A 10 quilómetros do fim, Vlasov cedia na frente, quebrava bastante e deixava Jorgenson e Evenepoel na frente, na luta pela vitória.



Sem ataques até ao final, a etapa decidiu-se no Passeio dos Ingleses, com Evenepoel a derrotar ao sprint Jorgenson. Vlasov foi 3º a 50 segundos e, a já 1:39 chegaram Skjelmose e McNulty. Com estas diferenças, a geral do Paris-Nice foi totalmente revirada, com Jorgenson a vencer a prova francesa, sendo acompanhado no pódio final por Evenepoel e McNulty. João Almeida chegou a 3:07, terminando o Paris-Nice em 11°.

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