As coisas não estavam fáceis para Jesús David Peña no final de 2024. O talentoso trepador colombiano, que foi 7º no Baby Giro enquanto sub-23, teve uma oportunidade no World Tour por intermédio dos australianos da Jayco e viu-se sem contrato após 3 anos no escalão mais alto do ciclismo mundial. E atenção que Pena até teve resultados de valia, principalmente em 2023, foi 5º na Volta a Eslovénia, 3º na Volta a Áustria e até finalizou o Tour de Guangxi, corrida World Tour, em 8º. Só que 2024 foi mais fraco e era a época mais diferenciadora, o tal “contract year”, sendo de estranhar que nenhuma ProTeam tenha pegado nele.
Foi Vidal Fitas e a AP Hotels & Resorts-Tavira-SC Farense que deram uma segunda oportunidade ao colombiano que agora tem 25 anos e cedo se percebeu que seria um caso sério. Na estreia com a formação algarvia foi 11º no Gran Camino, seguindo-se o 3º lugar na Volta ao Alentejo, com uma vitória de etapa pelo meio. Foi, ainda, 2º no G.P. Beiras e 3º no Troféu Joaquim Agostinho e na Volta a Portugal foi dos maiores rivais da Anicolor (a par do surpreendente Byron Munton), terminando a competição em 4º, dando a ideia de não estar no momento de forma do início de temporada.
Nesta época que passou em Portugal, Jesus David Peña mostrou ser um um puro trepador, mas não daqueles a diesel, é um corredor que se adapta muito bem às chegadas mais explosivas, o que é uma mais valia tremenda. Nas provas por etapas permite somar bonificações com mais facilidade e maximiza a quantidade de pódios e top 5 que se alcança ao longo do ano. Com um plantel já seguramente mais vasto do que em 2025 (10 ciclistas em 2025 e 11 já confirmados em 2026) e um líder deste calibre, capaz também de bons resultados fora de portas, a Efapel está a procurar a tal internacionalização que prometia no final desta época, até porque para correr com 2 alinhamentos em simultâneo precisará de, pelo menos, 12 ciclistas.