Pontapé de saída para o Tirreno-Adriatico com o clássico contra-relógio individual em Lido di Camaiore, um traçado perfeito para a especialidade. O primeiro grande tempo de referência e que muito tempo durou na liderança provisório foi de Johan Price Pejtersen, um corredor que há muito se esperava que atingisse este nível visto que foi campeão do Mundo sub-23 em 2021 e depois fez 3 temporadas bem discretas na Bahrain-Victorious, o seu rendimento subiu agora na Alpecin-Deceuninck. O possante dinamarquês parou o cronómetro em 12:45, um tempo que em 2023, neste mesmo percurso, daria para ficar em 2º, por isso ficou tanto tempo na “cadeira do poder”.
Uma prova que este percurso era para ciclistas com muita potência nas pernas foi o resultado de Jonathan Milan (12:48) e Soren Waerenksjold (12:54), sempre com os ciclistas que vinham para lutar pela classificação geral à perna, durante muito tempo foi o francês Kevin Vauquelin a liderar este grupo por assim dizer com 12:58, até à chegada de Antonio Tiberi, que ganhou bastante tempo a alguma da concorrência ao fazer 12:46, só como exemplo o italiano da Bahrain-Victorious ganhou mais de 30 segundos a Carapaz, Gaudu, Adam Yates ou Pidcock.
Só que Juan Ayuso veio decidido a provar que o triunfo no contra-relógio do ano passado não foi por acaso, o espanhol pulverizou o melhor tempo no ponto intermédio e manteve o ritmo para superar Price-Pejtersen por 5 segundos. Faltava ainda o grande candidato à vitória hoje, Filippo Ganna, e a emoção aumentou ainda mais quando o italiano passou a meio a 2 segundos do espanhol. Uma bela surpresa foi Derek Gee, o canadiano mostrou que está aqui para lutar pela geral e terminou o dia no 6º lugar, 3º entre os homens da geral.
Filippo Ganna aproximava-se da meta e mostrou que a estratégia era simples, controlar o andamento na primeira metade para depois destruir a concorrência do intermédio até à meta, o corredor da Ineos-Grenadiers ganhou 25 segundos a Juan Ayuso em 6 quilómetros e terminou com 23 segundos de vantagem para o homem da UAE Team Emirates para assumir desta forma a liderança do Tirreno-Adriatico, diante de Ayuso e Price-Pejtersen. Entre os portugueses Rui Oliveira foi 50º, Rui Costa 86º e Afonso Eulálio 161º