O Tirreno-Adriático voltou a apresentar uma etapa com um traçado complicado. Se ontem as dificuldades estavam na primeira metade, hoje estavam guardadas para a parte final, com duas subidas para testar as pernas dos ciclistas. Manuele Tarozzi e Dries de Bondt voltaram a repetir presença na fuga do dia, hoje na companhia de Gal Glivar, Xandro Meurisse, Paul Ourselin, Francisco Muñoz e Frederik Dversnes. Numa fase inicial, destacar os abandonos de Rui Costa e Afonso Eulálio, quando a corrida ainda seguia bastante tranquila.
INEOS, Q36.5 e UAE Team Emirates juntaram-se na perseguição no entanto não com um trabalho muito sério e isso permitiu que a fuga chegasse com cerca de 1:30 no sopé da subida final para Monterolo. Chegavam as rampas mais duras e a UAE voltava a tomar conta do pelotão, com Rafal Majka a aumentar bastante o ritmo. Nairo Quintana ainda esboçou um ataque, mas o ritmo de outro UAE, desta vez Isaac del Toro, não permitia a saída de ninguém. O mexicano preparou a forte aceleração da Juan Ayuso, que aconteceu a menos de 200 metros do topo. Apesar de todo este trabalho, Dversnes ainda estava na frente, o último resistente da fuga tinha 20 segundos de vantagem no virar da subida.
A descida passou numpiscar de olhos e os 3 quilómetros finais foram repletos de ataques só que sem organização Dversnes continuava a sonhar com a vitória. O sonho viria a tornar-se realidade pouco depois! O norueguês não desistiu, guardou energia para os momentos decisivos e conquistou a grande vitória da carreira em Pergola. A 7 segundos, Mathieu van der Poel venceu o sprint pelo 2º lugar à frente de Roger Adriá. Nesse grupo estavam todos os grandes candidatos à vitória final. Filippo Ganna teve um problema mecânico já dentro do quilómetro final e, desta forma, foi-lhe dado o tempo do grupo perseguidor, pelo que mantém a ldiernaça do Tirreno-Adriático por mais 1 dia.